segunda-feira, 14 de novembro de 2011

BOCA DO CEU 38

terça-feira, 8 de novembro de 2011

BOCA DO CEU 38

BOCA DO CEU 38



Ano X I - Out/nov/dez/2011

VOTO NULO

Acredito que o voto nulo tornou-se nesses últimos anos uma arma poderosa que podemos usar contra o atual sistema político vigente em nosso país. Não quero aqui pregar o voto nulo contra os partidos políticos existentes seja eles caracterizados como de direita, centro ou de esquerda. Não prego o voto nulo por não concordar com os programas políticos do PT do PSDB, ou qualquer outro partido, pois não acho que um partido, mesmo com um programa socialista a exemplo dos partidos de esquerda existentes antes da chegada ao poder como o PT, PSB, PC do B, teriam condições de fazer uma mudança estrutural e iniciar a construção de um Estado socialista sem antes passar pelo modelo capitalista vigente. Sei que não é uma regra esse caminho, mas no caso brasileiro e de alguns países, principalmente da América Latina, essa infelizmente era. Os partidos tidos como de viés socialista no Brasil chegaram ao poder e mantiveram o sistema, com algumas poucas políticas de cunho socialista: liberdade de expressão, fim da censura, pluripartidarismo, liberdade de imprensa, liberdade de organização dos trabalhadores, liberdade de manifestação etc.

Como o “poder tem seus encantos”, essas legendas políticas esqueceram seus programas partidários, queimaram seus estatutos e não se fala mais em socialismo. Essa palavra sumiu do vocabulário político partidário brasileiro. O capitalismo não é tão mal assim, o país diminuiu o desemprego, escolas, hospitais, rodovias, portos, estádios, ferrovias estão sendo construídos, a aprovação do governo chega a mais de 60%, para que mudar? É essa a linha política defendida por todos os segmentos partidários existentes atualmente no poder, ou que lutam para chegar. Mas, onde a proposta de voto nulo entra nesse debate? O voto nulo cabe nesse debate se vir acompanhado com propostas de luta por uma reforma política, através de emendas populares com o respaldo de entidades civis a exemplo da OAB, ABI, GGB, SINDICATOS, MST, CNBB, ONG Transparência Brasil, etc. só assim podemos começar a discutir o modelo político e econômico que o Brasil precisa. Votar nulo porque o salário de sua categoria não foi reajustado, porque o governo não cuida da educação da saúde da segurança, etc., é um protesto válido, mas de pouca serventia, pois o próximo que entrar vai fazer o mesmo, o capitalismo só se mantém com esse modelo administrativo. O voto nulo só tem poder se acompanhado de propostas que possam mobilizar a sociedade como um todo, é acredito que a reforma política vem a ser a bola da vez. Rui Oliveira Machado.

REQUALIFICAR A PRAÇA VELHA.

A Praça Marinho Carvalho, conhecida também por Praça Velha foi por muitos anos o centro boêmio de Uibaí. Era ali o ponto de encontro dos casais de namorados, das paqueras, das várias meotas com pitu e guaraná, da dança no bar de Tonhão, das serenatas nos bancos, das indagas nos botecos acompanhadas de charadas feitas por Gió, Valmizinho, Quinca Gaia, Dimá de Otacílio, etc. Acabou. Não temos mais charadas, as indagas viram brigas, os namoros são por e-mail, dançar só no São João, em outra praça, e olhe lá.

O que fazer para requalificar esse espaço tão marcante em nossas vidas, principalmente para os cinquentões como eu. Podíamos fazer uma praça poética, etílica, boêmia, dançante, com música instrumental ao vivo, com barzinhos bem bolados com espaço para leitura, a biblioteca já existe. Não seria uma boa? Que tal proibir a circulação de carros, nos finais de semana entre as 20:00 hs até o amanhecer? Proibir som que não seja voz e instrumentos. Teríamos um espaço no centro antigo de Uibaí, preservando suas poucas casas ainda existentes e seria um ponto de encontro para todos nos como antigamente. Podemos pensar um projeto, acho até que já existe, correr atrás, procurar a iniciativa privada, a prefeitura, etc. Rui Oliveira Machado.

PS. No São João, Uibaí com uma péssima administração, igual ou pior que as anteriores, segundo Vereador Davi. Três meses depois refiliação do vereador no Partido que administra a cidade. O que teria mudado em tão pouco tempo?

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