segunda-feira, 19 de março de 2007

BOCA DO CEU 21


Ano V -Out/nov/dez/2006

VERGONHA NACIONAL.

Mais uma vez somos surpreendidos com nossos representantes no Congresso Nacional. No apagar das luzes de um final de ano e de legislatura, nossos queridos parlamentares, que passaram esses quatro anos trabalhando exclusivamente em CPI’s que os envolviam em todos os tipos de corrupção possíveis no Serviço Público e que não resultaram em praticamente nada, se autopresentearam com um aumento em seus salários próximo de 100%. Em um país com aproximadamente trinta milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza, com um salário mínimo 70 (SETENTA) vezes menor que esse salário que nossos representantes perceberão a partir da próxima legislatura, onde a fome, a miséria, e a violência estão presentes em cada canto desse imenso país, era para nossa indignação ser tamanha, a ponto de estarmos todos nas ruas, nas praças, nos centros do “poder”; Congresso Nacional e nas Câmaras Legislativas de todo país, protestando e procurando inviabilizar essa pouca vergonha. Infelizmente as coisas ainda não aconteceram, e o povo assiste passivo aos desmandos de seus representantes. Até quando? Como transformar esse sentimento de indignação presente nesse momento na sociedade em manifestações de rua? Em luta pela moralidade, pela ética? Hoje o Congresso Nacional é uma das instituições com menor credibilidade junto à sociedade, mesmo assim, fazem o que querem, e no período eleitoral, estão de volta às ruas, (apenas nesse momento fazem esse imenso esforço) e o povo vai às urnas cheios de esperança e orgulho, para momentos depois serem traídos. No próximo período eleitoral estarão lá de novo, é um círculo vicioso, vota-se automaticamente sem parar sem pensar. Nesse final de ano, onde paramos alguns poucos minutos para refletir e desejar boas novas para todos, devemos refletir, também, sobre nossos direitos e deveres como cidadão. Devemos refletir sobre a política, sobre a religião, sobre a bondade, sobre a maldade, sobre a pobreza, sobre a riqueza, sobre a paz, sobre a guerra, sobre todas essas dualidades existentes, quem sabe assim, no próximo ano conseguiremos iniciar a construção de um mundo melhor e de uma sociedade mais justa e igualitária.
Feliz Natal e boas festas.
Rui Oliveira Machado

PS.
“Assim, sob qualquer ângulo que se esteja situado para considerar esta questão,, chega-se ao mesmo resultado execrável: o governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Esta minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários. Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e por-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governa-lo. Quem duvida disso não conhece a natureza humana.” Mikhail Bakunin.


O político e o palhaço

“Grande circo Brasil; escolham seus palhaços”. este era o slogan contido nas camisetas usadas pelos estudantes da época para demonstrar a decepção gerada pela iminente vitória do candidato Fernando Collor de Mello, sobre Lula, no pleito Presidencial de 1989. Não se sabe bem, porque circo e palhaço são termos sempre utilizados quando se quer depreciar alguém ou algo ou identificar a ausência de seriedade. “Você é um palhaço”. Dispensar este tratamento a alguém é menosprezá-lo, provoca-lo. “Isto aqui está uma bagunça, um verdadeiro circo”. É uma maneira de se dizer que algo está errado, que a seriedade não existe. Na realidade é uma injustiça, porque nenhuma arte pode ser considerada mais respeitável que a arte circense e nenhum personagem mais sério que o palhaço.
Em 1989 porém, não se percebia, ainda, que as vítimas do nosso protesto não eram os políticos, o Brasil e nem as eleições. Os ofendidos, na realidade, eram o palhaço, o circo e o espetáculo. “Grande circo Brasil, escolham seus palhaços”
Mas que relação poderia haver entre país, políticos, eleições e circo, palhaços e espetáculo? O país é um grande palco onde milhões de artistas equilibram-se na corda bamba do dia-a-
dia, comem fogo, fazem malabarismo com moedas, domam os leões, penduram-se no trapézio da vida depois sorriem, dançam e batem palmas.
Assim também é o picadeiro; e, como no país, seus artistas nascem, vivem, e morrem, “na lona”. O palhaço é um ser que, apesar de seus traumas e angústias, traveste-se de alegre e feliz para oferecer-se como objeto do nosso riso. O político também traveste-se; só que astuto e interesseiro, finge-se de “santo” para merecer o nosso endosso e depois trair a nossa fé. E o espetáculo? Ah o Espetáculo! O inesquecível “respeitável público!!”, que nos leva ao delírio, que acende a adrenalina, que acelera o pulso, que resgata a criança adormecida em nós, de olhos presos no picadeiro, pipoca na mão e sonhos a viajar. Ah! O espetáculo.
Espetáculo também é o momento eleitoral. Qual candidato? Qual partido? É a festa de bandeiras, cores e ideologias. É o voto de mudança, é o novo, mesmo que nada de novo, é um novo momento. Hora de tomar nas mãos a construção do novo tempo. Hora de sonhar.
Mas ...e o político, aquele palhaço?
Ah, esqueçamos!
Edme Oliveira Machado

BOCA DO CEU 20

Ano VI-Jul/ago//set/2006
A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER. A lei Maria da Penha já está em vigor

A Lei de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher foi sancionada pelo presidente Lula, dia 7 de agosto, e receberá o nome de Lei Maria da Penha Maia. “Essa mulher renasceu das cinzas para se transformar em um símbolo da luta contra a violência doméstica no país”, afirmou o presidente. O projeto foi elaborado por um grupo interministerial a partir de um anteprojeto de organizações não-governamentais. O governo federal o enviou ao Congresso Nacional no dia 25 de novembro de 2004. Lá, ele se transformou no Projeto de Lei de Conversão 37/2006, aprovado e agora sancionado. A ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéia Freire, acredita que o número de denúncias possa aumentar. “Certamente, quando oferece a sociedade uma estrutura de serviços onde as mulheres se sintam encorajadas a denunciar porque tem uma rede de proteção para atendê-las, você aumenta a possibilidade de número de denúncias”, disse. A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres colocou à disposição um número de telefone para denunciar a violência doméstica e orientar o atendimento. O número é o 180, que recebe três mil ligações por dia.

MARIA DA PENHA MAIA

A biofarmacêutica Maria da Penha Maia lutou durante 20 anos para ver seu agressor condenado. Ela virou símbolo contra a violência doméstica.
Em 1983, o marido de Maria da Penha Maia, o professor universitário Marco Antônio Herredia, tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez, deu um tiro e ela ficou paraplégica. Na segunda, tentou eletrocuta-la. Na ocasião, ela tinha 38 anos e três filhos, entre 6 e 2 anos de idade. A investigação começou em junho do mesmo ano, mas a denúncia só foi apresentada ao Ministério Público Estadual em setembro de 1984. Oito anos depois, Herredia foi condenado a oito anos de prisão, mas usou de recursos jurídicos para protelar o cumprimento da pena. O caso chegou à Comissão Interamericana dos Direitos humanos (OEA), que acatou, pela primeira vez, a denúncia de um crime de violência doméstica. Herredia foi preso em 28 de outubro de 2002 e cumpriu dois anos de prisão. Hoje, está em liberdade.Após às tentativas de homicídio, Maria da Penha Maia começou a atuar em movimentos sociais contra violência e impunidade e hoje é coordenadora de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência (APAVV) no seu estado Ceará.Ela comemorou a aprovação da lei> “Eu acho que a sociedade estava aguardando essa lei. A mulher não tem mais vergonha de denunciar. Ela não tinha condição de denunciar e se atendida na preservação da sua vida”, lembrou. Maria da Penha recomenda que a mulher denuncie a partir da primeira agressão. Porque a cada dia essa agressão vai aumentar e terminar em assassinato.” Fontes: Radiobras/Agência Brasil, Agência Estado, SEPM, Cfemea
PS. Em nosso Município, não tenho conhecimento de nenhum caso de violência contra a Mulher no que diz respeito à agressão física (espancamento), como existem várias formas de violência: o telefone para denúncia é: 180.

ELEIÇÕES MUNICIPAIS II

Encerraram-se as eleições presidenciais. Os trabalhos voltam-se agora para eleições Municipais: prefeitos e vereadores. Pelo desenrolar dos conchavos políticos feitos para adquirir apoios no segundo turno da eleição para Presidente, dá para imaginar o que serão as próximas eleições.
Se a proposta do Presidente da República de conversar com todos os seguimentos da sociedade, principalmente a oposição prosperar, teremos uma eleição sem a “oposição de praxe”. Como a maioria dos prefeitos municipais baianos deu apoio ao Presidente Lula, pode se deduzir que os candidatos apoiados por estes prefeitos, ou os próprios estarão, ou no PT, ou em outro partido que faça parte da base de apoio do Governo.
Porque afirmo isso: porque esses prefeitos nunca fizeram oposição a ninguém, sempre estiveram debaixo da chibata de seus governantes maiores, há dezesseis anos são submissos, abaixaram a cabeça para o Carlismo, e não conseguiram se desvencilhar dessa prática. Mudam de legenda política como se muda de camisa.
Tomemos por exemplo nosso Município, Uibaí. Em qual momento os “nossos representantes” ficaram contra o Governo estadual ou Federal? Nunca. Estão sempre se articulando para permanecer dando “apoio” em troca de benesses, e não vai ser diferente agora, já que a forma de administrar da esfera federal e provavelmente a estadual, tem muita coisa em comum com as administrações de nosso Município, principalmente a parte podre.
Sendo assim, faz-se necessário algumas indagações: Como será a disputa em nosso município depois desses apoios? Haverá convenção no PT para escolher candidato a prefeito, já que no momento temos pelo menos dois convencionais? Sabemos que o atual Prefeito subiu no palanque do Governador eleito, e pode a qualquer momento mudar de legenda, optando por um partido da base de sustentação do governo, pleiteando, assim, um segundo mandato com o apoio Federal. E aí?
Podem ter certeza que em Uibaí, os candidatos a cargo majoritário terão uma luta à parte em busca de apoio no Governo estadual e Federal devido ao leque de alianças feitas por conta da reeleição. Todos agora querem ser da base de sustentação do governo. Assim, nesse momento faz-se necessário a criação em nosso município, de uma frente de oposição propositiva que venha contrapor a essa prática política que insiste em afirmar que os fins justificam os meios para se chegar ao poder.
Uma sociedade justa não se faz com essas práticas, mas sim com políticas de acesso à educação, saúde, terra, emprego, igualdade de oportunidades, bandeiras que estão inseridas nos princípios e ideais socialistas, que, por um curto período nortearam os programas de partidos ditos de esquerda em nosso país. Rui Oliveira Machado.

BOCA DO CEU 19


Ano VI-abr/mai//jun/2006

ACREDITANDO AINDA NO SOCIALISMO.

Mesmo em momentos de desilusões, como o que ocorre agora, ainda assim acredito que o Brasil será o protagonista de uma revolução socialista na América Latina. Acredito nisso, primeiro, porque temos que estar sempre sonhando com um mundo melhor, e porque observo que o modelo capitalista que domina nossa civilização está acabando. A organização dos trabalhadores contra a exploração, é fato e o capitalismo vive disso – Mais Valia. Se analisarmos esses vintes e cinco anos de “abertura política” no Brasil como um processo veremos que está havendo uma evolução nas diversas formas de atuação no que tange a luta de classe travada desde o “descobrimento do Pais”. O que aconteceu e esta acontecendo nos últimos doze anos de governo de FHC e Lula é o reflexo de tudo que os setores mais progressistas existentes no Brasil conseguiram construir. A esquerda no Brasil e em vários países da América Latina está em um processo de acúmulo de experiências que tem como escopo uma revolução socialista, e o Partido dos Trabalhadores é um instrumento que fez e faz parte desse processo juntamente com outros partidos que estão na luta a mais tempo, e outros que estão surgindo. Analisar, com a agravante de entrarmos em um retrocesso profundo, momentos da política brasileira, como se fossem campeonatos de futebol é um grande equivoco. Todo esse momento faz parte de um processo em busca de uma sociedade mais justa, onde setores engajados nessa luta cometem equívocos, mas também tem avanços consideráveis; ou nessas duas décadas não houve avanços em direção a uma sociedade mais justa? Será que a esquerda brasileira só cometeu equívocos? Não teria sido mais acertos que erros? São fatos que devem ser analisados no momento de fazer uma avaliação, para não cairmos no erro de achar que a revolução Socialista vai acontecer com data e hora marcada, estamos engatinhando na escola democrática. Vinte e cinco anos de “abertura política” dentro do contexto histórico mundial significam algumas horas. Não devemos jogar fora todo esse acúmulo de experiências adquiridos nesses quinhentos e poucos anos de luta e resistência do povo brasileiro.
Rui Oliveira Machado

ELEIÇÕES MUNICIPAIS.

Com encerramento das eleições a nível federal e estadual os olhos dos políticos, principalmente os que não conseguirem ser eleitos, voltam-se para os municípios. Não com o intuito de resolver os vários problemas que atormenta a grande maioria dos habitantes dos mais longínquos grotões deste país, mas sim para articulações imorais desenroladas nas eleições que se encerram amarradas como forma de pagamento, tendo como moeda cadeiras de Prefeito e de vereadores. Quero tomar como exemplo nosso município, a pequena cidade de Uibaí. Lá os “donos do poder” estão desde o início do ano em campanha. Dividiram-se, pois fica melhor apoiar duas frentes políticas, embora as mesmas se dizem diferentes, sendo que no final são farinha do mesmo saco, só assim independente de quem ganhe estarão “representados” dentro do Congresso Nacional, garantindo seus ganhos nos muitos desvios patrocinados pelas emendas orçamentárias, (vide sanguessugas). Não vejo, infelizmente, nenhuma perspectiva para o nosso município. Não temos, até o momento, candidatos a vereador e muito menos para prefeito. Acho também que na atual conjuntura, ter ou não ter candidato não mudaria muito a cara do nosso município. Precisamos encontrar armas mais eficazes, pois só com as que dispomos, dentre elas o voto, o processo de mudança será penoso e demorado. Temos que tomar como exemplo alguns municípios que conseguiram ter avanços na qualidade de vida de seus habitantes e conseguir reduzir de forma considerável a corrupção. Vai aí o exemplo de Ribeirão Bonito/SP. Só assim poderemos dar um salto de qualidade e construir uma Uibaí onde poderemos orgulhar de ser filho.
Rui Oliveira Machado

RIBEIRÃO BONITO*

Ribeirão Bonito, onde tudo começou por causa de uma nostalgia - e virou uma cartilha contra a corrupção. Nos seus tempos áureos, Ribeirão Bonito, de imigração italiana, beneficiava-se do café. Sua população, na época, contava com 25 mil moradores - mais que o dobro do atual número de habitantes. Além da agricultura, surgiam fábricas. Oferecia-se ali um bom nível de educação pública. Muitos saíram da cidade, entraram nas melhores faculdades e se tornaram profissionais de sucesso, respeitados nas suas áreas. Nunca mais voltaram a morar lá. Em 2000, alguns desses profissionais, gratos pela chance educacional que tiveram, começaram a se reunir para revitalizar Ribeirão Bonito, estimulando uma vocação econômica e preservando o patrimônio histórico. Juntaram-se aos moradores e criaram uma associação (Amarribo). Os planos mudaram de rumo. Perceberam que o prefeito vinha dando sinais de enriquecimento incompatível com sua renda. Um dos sinais era um carro de luxo que ele usava. Souberam que seu veículo era de um fornecedor de carne para as escolas. As merendeiras diziam, porém, que quase não havia carne na refeição dos alunos. Descobriu-se também que a prefeitura comprava a gasolina para abastecer a frota oficial numa cidade de Minas, bem longe dali. E por um preço mais caro do que a vendida no posto em frente à prefeitura. Revelou-se assim uma rede de falcatruas. Resolveu-se focar sua ação, naquele momento, no desvio de recursos. Não era uma batalha fácil. A população não estava mobilizada nem interessada; o prefeito controlava quase toda a Câmara e a imprensa. Como o grupo de combatentes era composto de professores, contadores, comunicadores e advogados (um dos advogados é José Chizzotti, procurador aposentado do Estado), montou-se uma operação de guerra: 1) coletaram-se os indícios de desvio de dinheiro; 2) com base nessa coleta consistente, a polícia, o Ministério Público e o Judiciário foram acionados; 3) furando a barreira da mídia local, divulgaram-se os fatos por meio de panfletos e convocaram-se audiências públicas; 4) diante das evidências e da pressão popular, os vereadores foram sensibilizados para criar uma comissão de investigação na Câmara. O prefeito perdeu o cargo e acabou na cadeia. O mais importante é que se criaram mecanismos permanentes de fiscalização que já resultaram, por exemplo, na redução e melhor aplicação de gastos públicos - a Câmara passou a usar apenas 1,5% do orçamento municipal, sendo que a lei permite até 8%. Desse embate, surgiu uma cartilha para ensinar os cidadãos o passo a passo na prevenção e no combate à corrupção.

P.S. - A fórmula de Ribeirão Bonito contra os sanguessugas não tem mágica. É composta por quatro ingredientes: 1) a qualificação educacional dos indivíduos; 2) a disposição de trabalhar em conjunto em cima de objetivos comuns; 3) sentir-se dono da coisa pública e fiscalizá-la permanentemente, o que exige uma noção de que cidadania é não só direitos mas deveres; 4) não esperar pelas autoridades para que sejam tomadas atitudes moralizadoras. Em qualquer comunidade que use essa receita, a corrupção provavelmente não acabará, mas será muito mais difícil roubar e ficar impune.
*Fragmento do texto Uma vacina contra sanguessugas .,
Artigo publicada por Gilberto Dimenstein - Jornal Folha de São Paulo.

BOCA DO CEU 18

Ano VI-Jan/fev/mar/2006

ACABOU !!!

O Partido dos Trabalhadores nesses três anos e meio ao contrário do que pregou em toda sua existência, enveredou por um caminho que durante seus vinte e cinco anos de existência criticou: o caminho da corrupção, da falta de ética, da mentira, ou seja, das práticas mais condenadas pela grande maioria de seus militantes. Tentei resistir a idéia de que o partido não tem mais jeito, mas infelizmente essa resistência chegou ao fim. Filiei-me ao PT logo no seu nascimento, no inicio dos anos 80. Militei na medida do possível sempre acreditando que era esse o partido que defendia uma sociedade mais justa, mais igualitária, partindo de princípios socialistas largamente estudados e defendidos por seus principais idealizadores e militantes. O partido conseguiu manter a sua linha política pouco mais de uma década. A partir daí sua meta principal foi a chegada ao poder a qualquer custo. Primeiro com as administrações municipais, onde o leque de alianças passou a incluir agremiações partidárias com princípios ideológicos completamente diferenciados dos defendidos. Em seguida as administrações estaduais seguindo a mesma linha política. Nesse período o partido começa a defender não mais uma proposta de ruptura com o modelo neoliberal, e sim uma via alternativa de chegada ao poder a qualquer custo. A ala majoritária do partido sempre defendeu esses princípios, ou seja, que os meios justificam os fins. As outras facções mais à esquerda do partido em sua grande maioria defendem ou defendiam a ruptura com esse sistema. Acreditavam e ainda acreditam (o que torna o fato mais grave) que estando no poder um partido nascido dentro de uma ideologia socialista, poderia, pelo menos iniciar os caminhos para a ruptura. Ledo engano. O fortalecimento do neoliberalismo foi intensificado, e hoje o que se vê é um partido completamente esfacelado, onde a maioria de seus parlamentares e dirigentes lutam com unhas e dentes para manter privilégios antes condenáveis. A única agremiação política criada após um longo período de ditadura, que poderia dar um rumo mais sério ao país acabou do ponto de vista ideológico. Existe, ainda, como uma organização qualquer defendendo projetos corporativos em benefício de alguns poucos que se revezam no parlamento e dentro da estrutura governamental. Estamos hoje a poucos meses do processo eleitoral sem uma opção política viável. O critério de votação não é mais ideológico como antes defendido, o partido, como os outros existentes defendem as mesmas bandeiras antes criticadas: bandeiras do nepotismo, do fisiologismo, do corporativismo, etc., exceto o PSOL, PCO e o PSTU, partidos dissidentes do PT, com grandes dificuldades de organização e mobilização. Infelizmente, como milhares de militantes, não poderei votar em um projeto político que acreditava, e ainda acredito, por falta de uma agremiação partidária que os defenda. Como milhares de eleitores, vou votar em indivíduos, acreditando que ainda exista na figura de uns poucos cidadãos a esperança da construção de uma sociedade mais justa.
Rui Oliveira Machado

BOCA DO CEU 17


Ano V Julho – Out/nov/dez/2005

“E AGORA JOSÉ”

Estamos chegando a mais um final de ano. Inicia-se o último ano de governo do Presidente Lula, e termina o primeiro do Prefeito Raul. O que esses dois governos tem em comum? Vejamos: os dois estão abarrotados de corruptos, o uso do dinheiro público para fins pessoais e eleitoreiros e fato nos dois. Existem pessoas honestas nos dois governos; sendo que em Uibaí o percentual é menor. Já o percentual de aproveitadores, proporcionalmente, Uibaí está na dianteira. As promessas feitas em campanha nos dois governos até o momento não foram cumpridas integralmente. No governo Lula não há mais tempo, a menos que venha o segundo mandato. No governo Raul ainda há tempo, vamos esperar... Em termos de avanços, apesar dos pesares e de mais tempo, o governo Lula avançou mais do que o governo Raul, que ainda não disse para que veio. E nós eleitores de Uibaí o que vamos fazer nesse ano eleitoral que se inicia? Em quem votar? Acredito que Lula ainda é o melhor candidato. E digo porque: apesar de poucos avanços, houve investimentos na área social, na educação e na saúde. Diminuiu a pobreza, aumentou o nível de emprego, o salário mínimo teve aumento real, etc. No geral o país melhorou e o Governo Lula é, de longe, o melhor governo que esse país já teve nesses mais de 20 anos de “democracia”, e a tendência e melhorar nesse próximo ano com a expansão da bolsa-família, com o reajuste real do salário mínimo, com a queda dos juros, e por aí vai. Já nas eleições proporcionais e majoritárias (deputados estaduais e federais, presidente governadores, senadores) não é justo condenar o Partido dos Trabalhadores com sua história de lutas, tendo como justificativa um grupo minoritário de malfeitores que sujaram a imagem do partido e que estão pagando pelos seus atos. Assim sendo, quero acreditar que o Partido dos Trabalhadores ainda é a melhor opção de voto na atual estrutura partidária. O quadro é complicado, as perspectivas não são as melhores, mas já passamos por momentos piores que este e penso que vamos conseguir virar essa página, e reconstruir espaços onde possamos discutir caminhos para chegarmos a uma sociedade mais justa e igualitária.
Rui Oliveira Machado

PROSTITUIÇÃO INFANTIL.

Todos sabem que o índice de prostituição infantil no Brasil, principalmente no Nordeste, é altíssimo, e dentre as cidades nordestinas que mais se destacam estão as cidades turísticas e litorâneas, como Salvador, Recife, Fortaleza, entre outras. As cidades de menor porte situadas no interior dos estados nordestinos estão, também, inseridas nos roteiros da prostituição, já que a fiscalização por parte dos responsáveis pelo combate a esse crime é menor. Quero destacar aqui o nosso município, a pequena cidade de Uibaí, onde esse crime a cada dia aumenta sem nenhuma preocupação por parte do poder público, e aponto aí não só o executivo municipal, como também o legislativo. No Estatuto da Criança e do Adolescente, para citar apenas dois artigos, diz que: Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
Portanto, faz-se necessário a divulgação do ECA, (Estatuto da Criança e do Adolescente) com ênfase nesses artigos em bares, clubes, hotéis, etc., como também às autoridades que fazem a segurança civil e militar do município. Sugiro ao Poder Legislativo que elabore um Projeto de Lei com a finalidade de inserir no currículo das escolas municipais a educação sexual como disciplina obrigatória, só assim conseguiremos garantir uma melhor orientação e um futuro melhor para nossas crianças. Rui Oliveira Machado

O MENINO AZUL (para Pedro S. Machado)
Cecília Meireles

O menino quer um burrinho para passear.
Um burrinho manso,
que não corra nem pule,
mas que saiba conversar.
O menino quer um burrinho
que saiba dizer o nome dos rios,
das montanhas,
das flores,— de tudo o que aparecer.
O menino quer um burrinho que
saiba inventar histórias bonitas
com pessoas e bichos e com barquinhos no mar.
E os dois sairão pelo mundo
que é como um jardim
apenas mais largo
e talvez mais comprido
e que não tenha fim.
(Quem souber de um burrinho desses,
pode escrever
para a Ruas das Casas,
Número das Portas,
ao Menino Azul que não sabe ler.)

BOCA DO CEU 16


Ano V-Abr/mai/Jun/2005

O SONHO NÃO ACABOU.

Em sua grande maioria os militantes do Partido dos Trabalhadores conviveram com um período de vinte anos de ditadura militar. Tiveram que passar a pré-adolescência, a adolescência e uma parte de sua vida adulta calados politicamente e culturalmente. Manifestações voltadas para essas linhas eram proibidas, a menos que fossem a favor do regime. Nesse período não podia sequer estar reunidos em grupo com mais de três pessoas. Perseguidos, sem poder expressar suas idéias e pensamentos, essa geração conseguiu sobreviver. Participaram da “abertura política”, que trouxe a anistia, o governo civil, as eleições diretas, um governo eleito no voto direto e afastado com grande participação desses militantes que com muita luta, também, conseguiram colocar no poder maior do país, com a ajuda de grande parte da sociedade, um cidadão oriundo das massas populares e com a “cara do Brasil”. Infelizmente para se governar um país com tantos vícios, com uma cultura de corrupção, onde o fisiologismo, o nepotismo, o coronelismo, etc., imperam, seria necessário uma ruptura, acabar com esses vícios e com esses grupos que defendem tais posturas. O PT, ao contrário do defendido em sua trajetória de existência, aliou-se a esses grupos com um projeto de poder defendido pelo núcleo majoritário do Partido com a conivência do Presidente. Esse núcleo forte conseguiu em menos de três anos acabar com um partido e adiar o sonho de uma militância e a esperança de milhões de brasileiros e brasileiras. Mas essa militância que já enfrentou a ditadura por vinte anos, como citado acima, não desiste nunca, e com certeza vai virar mais essa página da história. “A luta pelo socialismo é também a luta contra todas as opressões, injustiças e barbáries cotidianas”. O socialismo não morreu e nunca vai morrer, ao contrário do Capitalismo que sobrevive através de mutações constantes com a finalidade de preservar a hegemonia de uma minoria privilegiada, o Socialismo tem como uma de suas bandeiras a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde a exclusão seja banida para sempre. E nós que acreditamos nos ideais socialistas, ainda temos muito que lutar, quinhentos anos de corrupção e desmandos, não se acaba em 25 anos de militância. A luta continua. Rui Oliveira Machado


O QUE FAZER?
* Georges Bourdoukan

O que fazer quando a água cristalina vira um mar de lama?
O que fazer quando a fome vira um número que não alimenta?
O que fazer quando o passado vira referencial para quem prometia o futuro?
O que fazer quando o júbilo, envergonhado, busca abrigo na solidão?
O que fazer quando a virtude se cobre de trevas?
O que fazer quando a mentira cospe na verdade?
O que fazer quando a soberba se torna filha dileta do banquete do cerrado?
O que fazer quando se perde a esperança?
O que fazer quando os olhos não querem enxergar e o coração fica cego?
O que fazer quando a bondade se cobre de mau hálito?
O que fazer quando a ternura se vê brutalizada?
O que fazer quando a desigualdade social e incentivada?
O que fazer quando o sonho vira pesadelo?
O que fazer?...
Amigo, se você sobreviveu a tudo isso, você pode tudo!
Lembre-se: a História conspira a seu favor e o bem estar da humanidade é o objetivo derradeiro do Universo.
*Jornalista e escritor
**Transcrito da revista Caros Amigos




PREPARANDO PARA A PRÓXIMA.

Não é porque o Partido dos Trabalhadores está envolvido nesse mar de lama, que nós que ajudamos a construí-lo, vamos baixar a cabeça e entregar os pontos, pelo contrário, o PT não se resume a esse emaranhado de sujeiras que aí está. O PT nesses vinte e cinco anos construiu muito, existem exemplos a serem seguidos, é só voltar nosso olhar para as diversas cidades de pequeno e médio porte que estão sendo administradas pelo PT, a exemplo de Pintadas no interior da Bahia para continuarmos acreditando em nossos sonhos. Não sei se o Partido, após essas eleições internas, voltará a suas origens, mas tenho certeza que as células que foram plantadas e implementadas em algumas administrações estão dando resultados, e independente da coloração partidária, podem ser reproduzidas e adaptadas em cidades como Uibaí, Central, Irecê, Ibipeba, Presidente Dutra, só para ficar com algumas de nossa região.
Como tornar esse sonho realidade? No caso de Uibaí, acredito que já demos o primeiro passo, ou seja, com as duas últimas eleições no município aprendemos muito, principalmente com nossos erros; agora precisamos, com humildade corrigi-los e darmos um novo direcionamento na luta. Precisamos deixar de lado os projetos pessoais e trabalhar para que a tomada do poder aconteça de forma espontânea, com um projeto administrativo para Uibaí que tenha no mínimo suas linhas gerais discutida com a sociedade local. Os candidatos devem se pautar pelos princípios da honestidade, da moralidade, da ética, etc., princípios, estes, que estão presentes na vida da grande maioria dos eleitores que votaram na Frente de Libertação e Reconstrução de Uibaí nas últimas eleições. Assim teremos mais chance de encontrar candidatos realmente preocupados com a mudança e a melhoria de nosso município, dispostos a se submeter ao programa discutido com a sociedade.
Chegar ao poder a qualquer custo não vale a pena, estamos vivendo nesse momento um exemplo concreto, o Partido dos Trabalhadores, que infelizmente acabou enquanto partido que representava mudança em prol de uma sociedade mais justa.

BOCA DO CEU 15

Ano V Jan/fev/mar–2005

O PAÍS VAI BEM, O POVO BRASILEIRO AINDA NÃO.

FREI BETO


Dizia minha avó, em ânsias casadoiras, à filha solteirona: “Fulano é um bom partido.” Herdeiro de boa fortuna. Hoje, o princípio do verbo partir, substantivado, serve para designar agremiações políticas. Todas elas literalmente partidas: em tendências, facções, siglas e grupos regionalistas.
Conheci o PT ainda como proposta na cabeça do Lula. Por que trabalhador votar em patrão, e não em trabalhador? _ acendeu-lhe eureca à 15 de julho de 1979, ao participar de encontro sindical em Salvador, enquanto em São Bernardo do campo Marisa dava à luz o filho Sandro.
A proposta ganhou corpo e adeptos no meio sindical, nas Comunidades Eclesiais de Base, nos movimentos populares, na esquerda sobrevivente ao terror da repressão, entre intelectuais como Hélio Pedrosa, Sérgio Buarque de Hollanda, Antônio Cândido e Hélio Pellegrino.
Fiquei fora. Sou afeito a consensos e avesso a disputas. Nunca me filiei. Mas da trincheira do movimento social torci pelo PT. Vi dona Maria Clara, na periferia de Vila Velha, fazer da sala apertada de seu casebre sede do Núcleo do partido. Vi Bacuri, hanseniano, reunir no Acre enfermos de uma colônia para debater o programa do PT. Vi agricultores do sertão paraibano pintarem imensa estrela vermelha na parede de um galpão.
Conheci o PT do trabalho de base, da formação política, das rifas para coletar fundos, dos livros de ouro, da venda de broches e adesivos, das festas beneficentes. O PT da militância voluntária, das campanhas eleitorais aguerridas, do sonho socialista, do orgulho de ser de esquerda. O PT da hegemonia proletária na direção, dos critérios éticos nas alianças políticas, da transparência no trato do dinheiro. PT das greves do ABC, da campanha das Diretas-Já, do “fora Collor”, da luta por reforma agrária e contra o pagamento da dívida externa. PT do Fórum de São Paulo, da solidariedade à revolução cubana, à Nicarágua sandinista, à causa palestina, aos que lutavam contra o aparthid na África do Sul e clamavam pela libertação de Nelson Mandela.
Aos 25 anos, o PT poderia se gabar de comemorar bodas de sangue, tantos os mártires de sua história: Chico Mendes, Raimundo Ferreira Lima, Wilson Pinheiro, Santo Dias, Margarida Alves, Dorcelina Folador...
Todos assassinados por coerência aos ideais do partido. De gota a gota de sangue, de porta em porta, de luta em luta, de voto em voto, o PT ampliou a sua força política, elegendo vereadores, deputados, prefeitos, senadores e governadores. Até que em 2002, na quarta tentativa, fez de Lula presidente da Republica.
Hoje é um partido repartido. O futuro se fez presente e, para uns, não era o que se esperava: o abandono do projeto socialista, o pudor de situar-se à esquerda, a política econômica neoliberal, o atraso na reforma agrária, a liberação dos transgênicos, o permanente adiamento da demarcação da reserva indígena Raposo/Serra do Sol, em Roraima.
Para outros, o PT governa com realismo e pragmatismo. Não faz o desejável, mas o possível. Implementa uma política externa ousada, promove a reforma universitária, estende o credito à população de baixa renda, preserva o meio ambiente, defende a Amazônia, combate a fome e a corrupção, distribui renda a 6,5 milhões de famílias que viviam na miséria. E brilha na macroeconomia: estabilidade monetária, controle da inflação, queda do risco Brasil, crescimento da industria e das exportações, êxito do agronegócio, aumento das reservas do país e do emprego formal.
O Brasil é a terra dos paradoxos. O mundo se divide em mais de 200 nações e o nosso país sempre figurou entre os mais ricos. No entanto, é o primeiro em desigualdade social. Segundo o FMI, os 10% mais ricos da população possuem 44% da renda nacional; os 10% mais pobres dividem 1% da renda.
No andar de cima, jamais faltou mesa farta. No de baixo, a sofrida labuta pelo pão nosso de cada dia. Será que a fartura do agronegócio, da indústria automobilística, do preço exorbitante do aço, do lucro astronômico dos bancos, do robusto caixa do BNDS, haverão de se refletir no aumento do poder aquisitivo e da qualidade de vida dos mais pobres?
O s mais ricos deixarão de ganhar tanto para que haja menos miséria?
O dilema do PT é, hoje, o de Hamelet: ser ou não ser _ um partido disposto a ganhar eleições ou a construir um projeto histórico para o Brasil? As duas coisas, dirão alguns. Numa sociedade objetivamente tão conflitiva, o preço pago pelo êxito eleitoral, à base de consenso e alianças partidárias sem critérios (vide o efeito Severino), pode equivaler ao de um resgate sem libertação da vítima do sequestro. No caso, a esperança depositada no governo Lula.
O Brasil vai bem, o povo brasileiro ainda não. A economia é forte, a política e fútil, o direito social frágil. Lula tem ainda pela frente dois anos para atrelar suas prioridades sociais ao ideário político que ele representa e que deve se impor como senhor, e não servo, dessa macroeconomia que hoje beneficia o país em detrimento da nação.
FREI BETO é escritor e foi assessor especial da Presidência da República.

UM SONHO DE 26 ANOS.

Rui Oliveira Machado
Em 1979, em plena ditadura militar, foi fundada em Brasília/DF a CEUBRAS (Casa dos Estudantes de Uibaí em Brasília). Um sonho que realizou-se em parte, visto que a meta era uma casa onde os filhos de Uibaí pudessem buscar uma formação superior com as mínimas condições de sobrevivência e, de preferência, apoiada pelo poder público municipal. A Casa, nesses 26 anos de sobrevivência, formou mais de cem filhos de Uibaí em nível superior sem nenhuma ajuda do poder público municipal. Pelo contrário: as vezes havia intenções deliberadas de interferir nos trabalhos realizados pelos seus residentes. Trabalhos estes direcionados para uma melhoria nas condições de vida dos nossos conterrâneos. Os estudantes da CEUBRAS, em sua grande maioria, conseguiram formação em curso superior trabalhando oito horas por dia e estudando a noite para poder sobreviver e, ao mesmo tempo, ajudar suas famílias que se encontravam no interior. Até hoje, 26 anos depois, não houve um administrador municipal que tivesse a sensibilidade de visualizar a importância dessa instituição para a formação de cidadãos. Entra prefeito, sai prefeito. Entra vereador, sai vereador. E a educação sempre relegada. Quem pode bancar os estudos dos filhos, em sua grande maioria com o dinheiro público, banca. O povão que se dane. Mas como dizia Euclídes da Cunha, “O nordestino é antes de tudo um forte”. O sonho ainda não acabou. Foi aprovado pela Câmara de vereadores, depois de muita luta e empenho dos estudantes, um projeto que trata especificamente dessas instituições, que se sancionado pelo prefeito; realizará o sonho de muitos que passaram e que vão passar por essas Casas. Parabéns as Casas de estudantes e em particular a CEUBRAS, pelos seus 26 anos.
ruipe@ig.com.br

BOCA DO CEU 14


Ano IV Out/nov/dez–2004


“O TEMPO NÃO PARA...”

O ano está chegando ao final, e nos do Boca do Céu gostaríamos de fazer uma avaliação, levando em consideração o nosso município, já que este informativo esta voltado para o mesmo. 2004 foi um ano de muitas esperanças, ano em que o governo Lula tinha por obrigação mostrar para o que veio, já que 2003 era tido como o período de ajustes e acomodações. O ano passou e chegou 2004. As coisas foram se encaixando e o governo avançou em alguns pontos, estacionou em outros e 2004 finda com poucas mudanças principalmente no tocante a área social que era o carro chefe do governo. Uibaí não teve muita mudança. A Frente de oposição “perdeu” as eleições. Ficaram os mesmos no poder e os eleitores da Frente se sentiram traídos e só agora estão conseguindo engolir essa derrota. Uibaí infelizmente não vai mudar. O prefeito eleito tende a manter a mesma estrutura do anterior com algumas mudanças a nível pessoal dentro de alguma secretaria, mas com ênfase no nepotismo e no fisiologismo. A esperança é o grupo de oposição. È justamente nesses vereadores que devemos depositar nossas esperanças de mudança. Precisamos primeiro lembra-los que os seus mandatos não lhes pertencem e que os mesmos devem ser abertos para a participação popular. A autoridade não é o vereador, mas sim o eleitor que lhe depositou o voto e tem por obrigação cobrar posições sérias do parlamentar. Cargo eletivo não é profissão como pesam alguns. Esse final de ano é um dos momentos mais propícios para uma avaliação do mandato dos nossos vereadores, principalmente os de oposição já que se inicia um novo ano e ao mesmo tempo uma nova legislatura. Porque esses vereadores não fazem isso? Abram seus mandatos para que seus eleitores possam opinar, criticar, propor, questionar, etc. As votações na Câmara nesse início de mandato e de grande importância para definir posições, e isso tem que ser colocado em discussão com o eleitor que é o maior interessado, só assim poderemos tentar mais uma vez construir uma alternativa de governo para Uibaí em 2008. Não tenham medo, encarem esse primeiro desafio, e comecem seu próximo mandato preocupados em colaborar para construir uma sociedade mais justa que é o papel de todo cidadão.
Rui Oliveira Machado

“QUEM SABE FAZ A HORA”

Temos certeza que a reabertura da antiga Voz do Povo depois desse belo trabalho de restauração será um grande sucesso. O povo de Uibaí merece, já que o poder público local não tem uma visão da importância da preservação do patrimônio cultural de uma comunidade. Felizmente ainda existem pessoas preocupadas com a preservação de nossas raízes. Parabéns a todos que contribuíram para a consecução dessa grande obra. A redação.

BOCA DO CEU 13


Ano IV setembro - edição extra -eleições/2004


APRENDENDO A CADA ELEIÇÃO

Infelizmente não deu. A luta foi muito grande por parte de mais de 49% da população de Uibaí, mas infelizmente não deu. O que será que está faltando? O povo estava mobilizado, as pesquisas apontavam para nossa vitória, os ventos sopravam em nossa direção, até os mais pessimistas apostavam na Frente de Libertação e Reconstrução de Uibaí. O que aconteceu? Essa pergunta não quer calar. Foi a compra de eleitores apontada para as abstenções que somaram mais de 250? Foram eleitores que não souberam votar apontados para os votos nulos que somaram mais de 400? Foi o recadastramento eleitoral que diminuiu a frente apontada para a sede do Município? Foram problemas na avaliação ou na condução da campanha? Não podemos afirmar o que foi, mas com certeza todos esses questionamentos contribuíram para esse resultado. Estou triste com esse resultado, como todos que depositaram seus votos na Frente, mas não podemos ficar desiludidos. Vou dizer porque: Em uma das campanhas para prefeito de Uibaí, uma das primeiras que o PT participou, o ano era 1996, o candidato a prefeito era Dr. Tarcísio e o vice era Joãozinho, fizemos um dos poucos comícios na Praça Velha, em frente ao bar que hoje pertence a Neto Veio. O comício foi feito em cima de um caminhão, e as camisetas eram pintadas no bar de Hilton que improvisou ali naquele momento uma “tela” com o nome do nosso candidato. O comício teve por volta de 80 a 100 pessoas, foi um sucesso e estávamos conscientes do início de uma grande e árdua caminhada. Lutamos esses primeiros quatro anos para construir uma oposição em Uibaí e conseguimos. Fomos para as eleições de 2000 com uma Frente de oposição consolidada e bem estruturada, composta pelos partidos: PT, PCdoB, PSB e PDT tendo como candidato a prefeito Pedro Rocha e como vice Pepe. O sucesso foi imenso, os comícios eram lotados, as carreatas para os povoados foram inauguradas, e o povão aderiu em massa, surgiu então a “Pataiada” apelido dado aos eleitores de Pedro Rocha. Não conseguimos conquistar a prefeitura, mas conquistamos o povo de Uibaí, e não abaixamos a cabeça, pelo contrario, a força e a disposição tomou conta do povo, e o trabalho continuou. De 2001 até essa última eleição no dia 03/10/04, a “Pataiada” “caiu em campo” exigindo mudanças e apostando mais uma vez em Pedro Rocha e Pepe, que atendendo heroicamente esse chamado continuaram na luta com ânimos redobrados, como se a batalha estivesse começando. A campanha foi linda. Está marcada na história de Uibaí. E tenho certeza que esses 8 anos de “administração” de Birinha junto com esses 4 de Raul, serão esquecidos, mas a força e a garra da “Pataiada” virou história e será contada em verso e prosa por muito tempo. Ou melhor, essa história ainda está sendo contada, pois PATO e diferente de GATO: temos mais de SETE VIDAS, e os próximos quatro anos estaremos na luta sempre com a vontade de construir não só Uibaí, mas um mundo mais justo onde as diferenças sejam tratadas com respeito, onde a fome não seja usada como arma para alcançar o poder, onde o Capital não sobreponha ao Racional. Rui Oliveira Machado

O SABIDO.

Gostaria profundamente de saber de que lado o “intelectual” Alan Oliveira Machado está. “O mais Sabido dos filhos de Uibaí”, (ele se acha), não consegue contribuir, pois, as pessoas que pensam em construir uma sociedade mais justa, em fazer de Uibaí uma cidade referencial onde o povo seja feliz, onde as instituições públicas funcionem em favor do povo, para o Sabido, são todas corrúptas, incompetentes e burras. Ele é quem sabe, pois, só ele estudou e estuda, assim, entende mais que os outros, principalmente, de organização de movimentos sociais e projetos de administração pública municipal. Vejamos: Não admite as posições políticas de Edmário e critica-o constantemente; Pedro Rocha não presta, pois, é empresário, Vilmar não presta, pois, vem da elite de Uibaí juntamente com Pepê; Rui não presta pois é fantoche e sem personalidade um ventríloquo; Doris é comparada a Dorival, ou seja, mafiosa; Joãozinho é filho de Miro, só isso basta para ser errado juntamente com Armênia; Celito não tem capacidade de discussão; Gilson não presta, é parasita . Pronto. Esses representam o atrasado dentro de Uibaí, são os culpados por todos os fracassos existente na oposição. O certo mesmo é o Sabido. Vejamos: o mesmo nunca militou em partido algum, nunca participou de qualquer tipo de movimento social, nem mesmo o estudantil. Não se tem registro de algum movimento de grande porte que o mesmo tenha participado efetivamente dentro de Uibaí, nem mesmo as Semanas de Arte, estando sempre atrapalhando mais do que ajudando. É o mentor intelectual do Boca do Inferno, informativo interessante, mas as matérias que questionam as pessoas, infelizmente não são assinadas. Acredito que seja Ordem do Sabido. Então, companheiros e conterrâneos, enquanto, os não intelectuais que somos nós estamos na maneira do possível tentando mudar os rumos de Uibaí, alguns colocando em risco a própria vida juntamente com suas famílias, Sabido está lá no Goiás “teorizando, fazendo palestras, formando pessoas”. Afinal, o Sabido e um Intelectual, só precisa ir visitar Uibaí para fazer sua crítica e massagear seu alto ego. Rui Oliveira Machado

PS. Não sou adepto desse tipo de discussão e acredito também que não e a forma mais acertada de contribuir para o fortalecimento da oposição em nosso Município. Mas ninguém pode se definir como o dono da verdade.


*AÇÃO POPULAR SOCIALISTAA nova tendência de esquerda do PT.

Com o objetivo de ampliar a atuação da esquerda no interior do PT e nos movimentos sociais, foi criada a tendência Ação Popular Socialista (APS), em encontro nacional realizado em Brasília no período de 11 a 13 de junho. Parlamentares federais e estaduais, vereadores, dirigentes do PT e de sindicatos, lideranças de movimentos populares, dirigentes da juventude petista e do movimento estudantil estiveram presentes ao encontro, representado os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Piauí, Maranhão, Pará, Amapá, Amazonas e Roraima. A ação Popular Socialista surge da unificação da Força Socialista com integrantes do Coletivo Socialista do Nordeste (Pernambuco, Alagoas e Paraíba) e dos agrupamentos “A Estrela é o PT”, do Maranhão, “Os Sonhos não Envelhecem”, do Paraná, “ PT de Cara Própria”, de Alagoas, “ PT Jovem” , da Bahia e do “Coletivo Socialista do Pará”.
Os representantes das tendências e agrupamentos regionais que deram origem à nova corrente do PT debateram e aprovaram resoluções sobre o momento político e um balanço dos 18 meses do governo Lula. A APS nasce, portanto, como uma corrente socialista no interior do PT, defendendo as propostas históricas que deram origem ao Partido. No encontro de Brasília foi eleita a Direção Nacional da APS, constituída por dirigentes representativos dos mais diversos movimentos, como a deputada Maninha (DF) e o deputado Ivan Valente (SP), o prefeito de Belém do Pará , Edmilson Rodrigues, os deputados estaduais Brice Bragato (ES), Araceli Lemos (PA), Afrânio Bopré (SC) e Rodolfe Rodrigues (AP). Integraram ainda a Direção da APS vários
dirigentes do PT, da CUT e do Movimento Terra, Trabalho e Liberdade, como Jorge Almeida (Executiva Nacional do PT), Toninho (Secretário Geral do PT/DF), Luís Araújo PT (PA), Lujan (Executiva Nacional da CUT), Renato Carvalho, Robson Brandão e Waldenir Agostinho (direção do MTL), entre outros.
*Publicação do mandato da Deputada Federal Maninha.

BOCA DO CEU 12

Ano IV Agosto - edição extra -eleições/2004

ESTÁ CHEGANDO A HORA!

O dia três de outubro está próximo. A maioria dos eleitores já escolheu seus candidatos, mas, existe ainda um grande número que não o fez e que se classifica de duas maneiras: 1ª- são eleitores que acreditam que qualquer um que for eleito “ta de bom tamanho” já que o mesmo não mudará em nada suas vidas. 2ª- são eleitores que estão indecisos, principalmente em relação aos candidatos a prefeito: Pedro Rocha e Raul Machado.
Com relação aos da primeira classificação, proponho que leiam o texto que vai mais adiante, O ANALFABETO POLÍTICO, de Bertold Brecht, que com certeza possibilitará uma melhor reflexão em cima do valor do voto em um processo eleitoral, principalmente em Uibaí.
Com relação aos da segunda classificação, uma análise superficial da atual administração de Uibaí daria para tirar da indecisão qualquer eleitor com o mínimo de tino político. Vejamos os candidatos:
Pedro Rocha, Engenheiro Sanitarista, candidato pela segunda vez em Uibaí, filiado ao Partido dosTrabalhadores, que compõe a Frente de Libertação e Reconstrução de Uibaí, coligação que envolve os partidos: PcdoB, PDT, PV e PMDB.
Raul Machado, Médico, candidato pela primeira vez em Uibaí, filiado ao PFL, em uma coligação que envolve os partidos: PP, PL e PTB.
O candidato da oposição, qualquer que fosse, nesse caso Pedro Rocha, iria trabalhar sua candidatura nas falhas da administração anterior, que não são poucas: sucateamento da educação, da saúde pública, da economia como um todo, abandono da sede do município e dos seus povoados, péssima aplicação dos recursos públicos, nepotismo, entre outras. Que são questões fundamentais para qualquer administração.
O candidato da situação, qualquer que fosse, nesse caso Raul Machado, a princípio deveria elogiar a atual administração. Mas, como fazer tal coisa olhando para Uibaí? Como falar bem de alguns indicadores de desenvolvimento, como por exemplo: educação, saúde, recursos públicos, transparência administrativa, etc. Isso complica a vida de qualquer candidato, pois esses temas que infelizmente não foram tratados como deveria, são a espinha dorsal de qualquer plano de governo. Por isso fique ligado. Os campos políticos estão bem definidos, só depende de você. Rui Oliveira Machado.

O ANALFABETO POLÍTICO
BertoldBrecht

O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo.

ENFIM LEMBRARAM-SE DE MIM!

Andava preocupado com um dos colaboradores do Boca do Inferno. Esse “conterrâneo” fala coisas horríveis de algumas pessoas, que ele acredita não agirem “politicamente correto”. Não concordava com essa posição mas, não podia fazer nada, já que o mesmo nunca tinha escrito uma palavra a meu respeito. Porém, como tudo tem seu tempo, chegou minha vez. vamos então à última: na linha do chamado desespero raivoso, ou seja; o “conterrâneo” precisa achar alguém para derramar sua cólera, afinal, não precisa se preocupar, não assume o que escreve mesmo, se a coisa um dia apertar, os responsáveis serão os integrantes do Grupo Teatro e Vida organizadores do informativo. Assim, o caro conterrâneo, baseado em que observações eu não sei chama-me de fantoche, ventríloquo e sem personalidade. Gostaria de discutir esses adjetivos que o conterrâneo me intitula, para em cima de seus argumentos, se forem convincentes procurar me corrigir dos mesmos. Infelizmente não sei o nome do conterrâneo que por ter muita personalidade não assinou o que escreveu, e ainda por cima compromete alguns conterrâneos que quando adolescentes criaram o Grupo Teatro e Vida que muito contribuiu para a cultura de Uibaí. Apresente-se. A imprensa é livre de censura. Não tem porque se esconder. (A não ser que seja proibido assinar a seção infernal ou os editores lhe obrigue a não se identificar, coisa que particularmente não quero acreditar). Assim poderemos na discussão construir alguma coisa útil e real para nossa cidade e para o Brasil. Não tenha medo você vai conseguir, você é inteligente o bastante para não se esconda atras do anonimato que é a arma preferida dos covardes.
Rui Oliveira Machado

O PODER E OS SEUS ÓRFÃOS

Muito provavelmente a chapa da Frente de Libertação e Reconstrução de Uibaí, encabeçada por Pedro Rocha, vencerá as eleições municipais e aí, neste ponto, especificamente, entra o quadro da reestruturação das relações de poder no município. A eleição se aproxima e vai delineando um quadro bastante catastrófico para os beneficiários do poder.
O poder constituído, nas duas últimas gestões do prefeito Ubiraci Levi, foi utilizado da
forma mais inescrupulosa para enriquecimento pessoal e familiar e a possibilidade real e crescente de derrota no pleito eleitoral que se anuncia faz abrir a perspectiva da orfandade do poder.
Poder-se-ia inquirir __ “e agora, José? A festa acabou”, a fonte secou, o bezerro desmamou........”e agora, José?”
O poder escorre como a água que se tenta prender pelas-mãos/nas-mãos e não se quer deixar escapar, mas ele escorre. E este poder deixará muitos órfãos; como poderão viver os puxa-sacos de plantão, os beneficiários do nepotismo na prefeitura de Uibaí?
Os beneficiários do poder, tornar-se-ão órfãos do poder. Como viverão, agora, os “trabalhadores” que sempre estiveram à sombra do poder? Tornar-se-ão novos-puxa-sacos ou o dinheiro que receberam ilegalmente pelos PUXÕES fê-los ricos e não precisam mais puxar ou, então, começarão felizmente a trabalhar e serão, a partir de hoje em diante, trabalhadores e verão como é duro ganhar o pão de cada dia com o suor do rosto; contanto, eles nunca trabalharam e existe a possibilidade real de virem a passar fome; especializaram-se em não fazer nada e nada sabem fazer, exceto, cometer irregularidades e ilegalidades que o atual poder constituído acoberta e faz loas.
A perspectiva da orfandade em muitos já começa a causar duras reflexões e AGORA????????? E aGOrA??????? JOSÉ, E AGOra?????????????? A vaca azul fará muita falta para as famílias que vivem, poR enQuanto, e viveram, até agora e não mais, das benesses/facilidades do poder, ilegais como é de praxe da prática política de certo grupo político que bem se poderia categorizá-lo por horda.
O bem estar de uns poucos está ligado à “desgraça” da maioria do povo de Uibaí que vive sem acesso à educação, sem assistência estudantil, sem saúde, sem saneamento, sem infra-estrutura básica de estradas e logradouros, sem lazer... sem esportes... sem moradia... sem alimentação... com insegurança...!!!!!
Savigny Machado.

BOCA DO CEU 11


Ano IV Julho - edição extra -eleições/2004

O JOVEM QUE BARROU O PRESIDENTE.
Eduardo Horácio Jr.
Eram mais ou menos dez horas da manhã do último dia de agosto daquele famoso ano de 68. A polícia militar cercava a UNB há alguns dias e quem viria visitá-la era o presidente do Brasil, general Costa e Silva, acompanhado do presidente francês, Charles de Gaule . O presidente brasileiro queria mostrar seu cartão postal, “ uma universidade-modelo para o mundo”, segundo suas próprias palavras.
Costa e Silva, no entanto, não sabia que no meio da multidão, suando muito, estava um jovem estudante de direito, Osvaldo . Com uma ousadia digna de poucos, Osvaldo passou por muitos, driblou os seguranças e finalmente chegou ao presidente.
Osvaldo não sabia o que dizer. Ao contrário dos tempos atuais, não carregava nenhum ovo na mão. Só se lembra que levantou a cabeça e disse:
-Por favor, presidente, aqui o senhor não entra.
Como não?
Quando Osvaldo olhou para trás, milhares de colegas se entusiasmaram e transformaram em verdade aquela corajosa frase do jovem acadêmico. Criou-se ali, em poucos minutos, um dos fatos políticos mais importantes do turbulento ano de 68. O presidente francês passou pela multidão, mas o general brasileiro estava preso, rodeado por estudantes de uma universidade que ele considerava modelo para o Brasil.
Torturado durante a ditadura, Osvaldo ainda encontraria forças para concluir mais tarde seu curso de direito. Foi um dos fundadores do PT e, como advogado, sempre atuou na defesa dos trabalhadores rurais. Foi professor da UCG, e é uma das referências nacionais quando se fala em direito alternativo.
Bem, se fazer uma breve biografia já não é fácil, um necrológio é ainda pior. Exige uma serenidade quase sempre impraticável Osvaldo Alencar Rocha, o brasileiro que, entre outras coisas, barrou o presidente, se foi no último dia 14 de junho, em Goiânia.

Eduardo Horácio Jr. É estudante do 4º ano de jornalismo da UFG.
JORNAL INTEGRAÇÃO Setembro 2000.


DE ALMA LAVADA.
Rui Oliveira Machado
No dia 26/06/04, em plena semana de São João, a cidade de Uibaí viveu um dos seus maiores momentos, que deve ficar na história e na memória de muitos.
Nesse dia foi marcada a convenção dos Partidos que formam a Frente de Reconstrução e Libertação de Uibaí, até aí nada de novo. Com o término da convenção ficou programado uma pequena manifestação e logo em seguida uma visita às barracas expostas na praça onde estava sendo realizado o festejo junino.
Na hora marcada, a população se dirigiu para o local do encontro, próximo a torre da Telemar. A concentração foi tamanha e a animação fora do comum que os organizadores resolveram fazer um arrastão pela cidade. Já era noite. No entanto o povo não arredou pé e saiu em passeata pelas ruas escuras de Uibaí. Escuras em alguns pontos por falta de manutenção e, em outros, a mando de algum político preocupado com a repercussão do fato. Mesmo assim a passeata seguiu pelas ruas esburacadas e empoeiradas da cidade, onde crianças, adolescentes, adultos e idosos exerciam, alguns inconscientemente, o direito da Cidadania. Entraram na praça que é e sempre será do povo, gritou, pulou, dançou e vaiou “o chefe do executivo, quando este foi citado no palanque e alguns outros lacaios que estavam compondo aquela lista de malfeitores em mãos do locutor. Saíram da praça e seguiram em frente até o ponto inicial da passeata. Aquilo era um grito que estava preso na garganta desde o pleito passado. Em seus semblantes via-se a alegria de ter participado desse momento e a vontade de mudar, mudar para melhor e com muita participação. Nesse dia o povo de Uibaí ficou de alma lavada.

PRÁ SE FAZER UM COMÍCIO
Rui Oliveira Machado
I
Para se fazer um comício ou mesmo um arrastão
na cidade de Uibaí não carece muito não.
Sendo do lado da Frente, o lado da oposição
abasta dizer a um que Pedro Rocha chegô
e precisa de uma prosa com o povo eleitor.
II
Logo a notícia se espaia por todos os cafundós
de orêia em orêia o trem começa a render]
da Chapadinha a Hidrolândia da Boca D’água até Irecê,
é um buxicho danado que o povo fica a sabê,
em frente a casa de quem o fato vai ocorrê.
III
Em pouco tempo então
a multidão tá formada
gente da primeira idade,
da Segunda e da terceira
todo mundo satisfeito
com os dentes no quaradô
de tanta felicidade por ser ele eleitor.

IV

Prepare a chaculateira,
com muito chá prá moçada
porque a prosa e boa e vai ter muita risada,
estórias de todo mote, charada,
piada e poesia mentira de todo jeito,
prá agradar a freguesia.
V
Mande avisar Erivelto nessa mesma ocasião,
que é homem preparado e sempre tem foguetão
e peça prá ele sortá uns cinco dos mais maior,
que prá acordar eleitor até lá no Mirorós.
VI
Chame também João de Miro, com seus dois
grandes faróis, prá alumiá o terrero e trazê
pinga prá nois , acompanhado de Nemi com o seu violão,
traga também João da moto prá fazer o forrozão.
VII
Pronto, o comício tá feito,
sem gastar nenhum tostão o povo todo satisfeito pronto para o arrastão
busque o carro de som, uma bandeira do PT
grite senta...e depois... levanta,
prá esticar as canelas e saia em passeata
por essa cidade que é Bela.

quinta-feira, 15 de março de 2007

BOCA DO CEU 10


Ano IV-Abr/mai/jun/2004

UIBAÍ, A LUTA POR UM NOVO PATAMAR


Em Uibaí, a geração que chega hoje aos 40 anos sabe exatamente o que significa lutar contra a oligarquia que tomou o poder na Bahia e sustenta currais eleitorais em vários municípios de nossa região. Os últimos 20 anos marcaram uma geração que idealizou um modelo de gestão pública para Uibaí, mas que, ano após ano, viu este sonho se esvair pelos corredores de repartições públicas, grassado pela fraude, pela corrupção e pela manipulação de seguidos pleitos eleitorais.
Durante esses anos, o embate político sempre foi desigual, do ponto de vista dos recursos materiais; e frustrante, no plano das idéias. O adversário, rude e capacho dos chefes políticos estaduais, marcou seu espaço com corrupção, incompetência administrativa e violência policial. A truculência, que é a arma de quem não tem idéias e nem razão, imperou em Uibaí, firmando o único contraponto que se pode esperar de quem nada tem a oferecer, além da malandragem para desviar recursos públicos.
Paradoxalmente, a juventude de Uibaí prosperou intelectualmente; instituições importantes foram criadas pela sociedade civil; partidos políticos de esquerda teimaram em oferecer boas opções ao eleitor. Um jeito próprio de ser que o povo de Uibaí carrega, desde as refregas da Guerra da Maniçoba, forneceu o combustível para o confronto permanente e necessário. Nesse sentido, nada foi capaz de destruir a esperança do povo.
Eis que a esquerda chega pacificamente ao poder no Brasil. Com o Governo Lula, alguns pilares dos currais eleitorais começam a ruir no sertão, deslocados pelo estimulo do governo federal ao avanço da sociedade civil e pela democratização das relações do estado com os cidadãos. O medo, que é a ideologia da direita, como bem dizia Simone de Beauvoir, começa então a penetrar nas hostes da direita uibaiense, provocando baixas, deserções e surpreendentes e excêntricas adesões à oposição, na prematura campanha municipal para as eleições de 03/10/04, que já começa a empolgar as ruas.
Pedro Rocha e Pepe reeditam a chapa majoritária da memorável campanha de 2000. A revisão do eleitorado, determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral, é realizada com sucesso, promovendo uma depuração que reduziu em quase 30% o colégio eleitoral de Uibaí. Abrem-se perspectivas reais de vitória. O povo volta a sorrir, alguns de olho em algum cargo ou emprego público, mas a grande maioria a espera apenas da grande festa cívica da vitória, para expulsar da garganta o grito sufocado por tantos anos de opressão.
Este quadro, alentador, mas ainda indefinido, força uma reflexão sobre a responsabilidade de nossos artistas, poetas, professores, estudantes, intelectuais, líderes de opinião e, principalmente, dos militantes históricos da esquerda. O momento não comporta vacilações, nem a ética permite que, para firmar a primazia da oposição ao eventual futuro governo, se coloque em risco a obtenção do salto de qualidade que representará a vitória de Pedro Rocha e Pepe nas próximas eleições. É imperioso que as pessoas de bem estejam unidas em torno dessa bandeira, ainda que para o fim de, no dia 03/10/04, assegurar a eleição de um novo contendor, para uma nova oposição.
Não há mais espaço para o continuísmo acéfalo. Não há mais tolerância. Ninguém
Agüenta mais. Temos, pois, a responsabilidade histórica de fortalecer a luta de Uibaí por um novo patamar. E, como os anseios do ser humano são ilimitados, lutaremos por outros e mais outros novos patamares. Edimario Oliveira Machado

SUCESSÃO EM UIBAÍ


Mais uma vez volto a falar das eleições municipais de Uibaí, justamente por estarmos em um momento onde definições políticas estão sendo tomadas levando o quadro sucessório a sofrer algumas mudanças no que se refere a alianças e apoios políticos. Plagiando o professor Ruy Fausto (Folha de São Paulo 28/03/04), “alianças podem e nas condições atuais de Uibaí têm de ser feitas. Mas elas têm limites. Mas precisamente, têm um duplo limite.” Há um limite político e um limite ético. Sobre esses dois aspectos a regra deveria ser: são vedadas em termos absolutos as alianças e apoios com grupos, partidos ou indivíduos claramente reacionários e corruptos”. Em Uibaí, felizmente, o primeiro limite não foi possível, apesar de algumas tentativas não se concretizou uma aliança política com o PFL. O mesmo não aconteceu com o segundo limite, já que indivíduos dissidentes estão declarando voto (leia-se apoios) ao candidato da Frente.
“São políticos que se sentiram traídos, e que agora estão dispostos a mostrar suas convicções ideológicas que por muito tempo estavam adormecidas em decorrência do apoio dado ao grupo hegemônico que acredita mandar no município. Agora fazem parte do lado bom de Uibaí, como diz o regae do companheiro-músico Celito. Defenderão o candidato majoritário da Frente com unhas e dentes, trabalharão pela eleição do mesmo por acharem que a mudança se faz necessária e que Uibaí não pode mais continuar nas mãos desse grupo de malfeitores que usam o dinheiro público em benefício próprio”.
O que fazer agora com essa triste realidade já que o voto é livre? Como devemos nos comportar diante de “ex-adversários” que se apresentarem para subir em nosso palanque? Sei que é constrangedor proibir alguém de subir no palanque mesmo sendo um “ex-adversário. Mas não seria mais constrangedor aceitar? Não podemos fazer vista grossa e abraçar falsos “políticos” que na última eleição usaram, através de seus lacaios, as mais variadas armas, inclusive no sentido literal da palavra para intimidar, agredir, insultar etc. , ninguém muda da água para o vinho de uma hora para outra. Acredito que podemos fazer uma administração séria com uma Câmara fortalecida, apoiando e trabalhando em parceria com o Executivo em prol da comunidade. Não podemos misturar as coisas abrindo espaço para pessoas que foram e são nossos adversários, e sempre resistiram a mudanças com o objetivo de se perpetuar no poder usufruindo o dinheiro público. Não devemos defender a premissa de que todo político é igual, mas mostrar para o povo de Uibaí que a Frente não quer mais esse continuísmo, e que veio para começar a mudar o perfil do político de nossa cidade. Sendo assim, faz-se necessário a vigilância permanente dos militantes da Frente quanto à postura diante de decisões que eventualmente sejam tomadas. Rui Oliveira Machado
PS. Fazer política com ética é o nosso maior desafio; já está na hora de começar-mos.


ANGICO, a força que faltava.

No dia 17 de janeiro de 2004, foi fundada em Ibititá a ANGICO Ação Não Governamental de Interesse Comunitário. O movimento operou através de um grupo de ibititaenses residentes em Brasília, que, incomodados com problemas sociais alimentados por uma política partidária eleitoreira e voltada para interesses particulares, resolveram discutir os problemas, começando por um diagnóstico do Município, com a abordagem em dois grandes encontros com a comunidade de Ibititá. As pessoas reagiram de forma surpreendentemente positiva, mostrando um grande interesse em levar adiante o Projeto da ANGICO.
A ONG foi fundada depois de muito debate, a partir do diagnóstico que foi construído com a participação da equipe de Brasília. Participaram do movimento de fundação da ANGICO mais de 50 pessoas entre eles professores, estudantes, agricultores, representantes de associações, agentes comunitários de saúde e diretores de escolas municipais e estaduais.
A ANGICO já se encontra registrada, com sede em funcionamento e um Colegiado Administrativo qualificado e altamente motivado, com vários projetos em vista e um número de Associados bastante representativo.
A entidade está aberta para receber mais associados, desde que estejam comprometidos com a luta por um Ibititá melhor e em linha com seus princípios e finalidades. Alice Sodré Alencar Machado

BOCA DO CEU 9


Ano III-Jan/fev/mar/2004


O PT NACIONAL E OS OUTROS PT’S.

Qual o preço que se paga para chegar ao poder? Será que o PT (Partido dos Trabalhadores) com seu leque de apoios deixou de ser um partido ideológico? Ou o que existia era só o discurso de alguns de seus idealizadores? Onde estão as bandeiras históricas do Partido? Será que estamos mais uma vez sem um referencial político, como nos anos de Ditadura?Essas são questões colocadas a partir de observações feitas na forma pela qual o país está sendo governado pelo PT. O partido fez coligações de centro direita, e até com a extrema direita, segundo os mais entendidos para conseguir a tal governabilidade que aí está. Mas o interessante e que as cidades governadas pelo Partido dos Trabalhadores, antes da vitória de LULA, em sua maioria, seguiam as deliberações da executiva Nacional para fazer suas alianças; e eram sempre feitas com partidos tidos como de oposição ao Governo Federal, ou seja: PC do B, PSB, PV, PCB, PDT, e sempre foram referência de governabilidade, com transparência, visibilidade, com orçamento participativo, etc., era o “Jeito Petista de governar”, a exemplo de Santos/SP, Porto Alegre/RS, Belo Horizonte/MG, Vitória da Conquista/BA, etc. Porque agora precisamos fazer alianças com partidos que sempre foram contrários a nossa linha ideológica? Fica parecendo que o PT, que hoje governa o país, foi fundado no dia 1º de janeiro de 2003, ou seja, na posse de Lula. O outro PT que governa os estados e as cidades é completamente diferente. E agora, como vai ficar em termos de alianças nessas próximas eleições? Vai seguir a mesma linha apontada pelo comando central do Partido? Ou seja, coligar com gato e cachorro?
Tomando como referencial a cidade de Uibaí/BA, onde a aliança política feita nas últimas eleições seguiu o deliberado pelo partido, dando origem a uma Frente formada pelo PT, PC do B, PSB, PDT; como ficaria agora? Com o quadro disposto hoje, mirando-se no Governo Federal, pode-se trazer para essa frente o PL, o PTB, o PMDB, o PFL, legendas que estão nas mãos dos piores “políticos” existentes na cidade. Não é só em Uibaí, mas na maioria das cidades do interior do país, onde essas legendas só servem para fortalecer o clientelismo, o fisiologismo, o nepotismo etc. É preciso estar alerta para esse fato, pois não precisamos dos votos nem do apoio dos representantes dessas legendas.
Queremos os votos do cidadão honesto, que trabalha de sol a sol para alimentar seus filhos e sobreviver, apesar de sempre terem sido enganados e roubados por esses “políticos” que sempre comandaram o nosso município. Com certeza essas velhas raposas já estão declarando voto a Pedro Rocha, candidato da Frente à Prefeitura de Uibaí, por não estarem conseguido emplacar o seu candidato. Esses delinqüentes devem ser expurgados da nossa cidade e de qualquer forma de participação política, precisam ser presos, colocados fora de circulação; para pelo menos pagarem um pouco pelo mau que fizeram, e ainda estão fazendo. Isso não seria maldade, e sim um grande favor que o povo lhes prestava.
Pela ética na política, e pela luta incansável em busca de um País mais justo e socialista. Rui Oliveira Machado

BANHEIRÃO ESPAÇO DE LASER

O banheirão foi um espaço de laser e entretenimento durante muitos anos em nossa Ciadade. Era ali que a população de Uibaí, como também de outras cidades e povoados vinham se divertir e se refrescar nas águas frias do riacho. Infelizmente com a construção da barragem, o mesmo foi sacrificado, e criou-se aí uma espécie de “chuveirão” que consistia em um cano com vários buracos colocados na horizontal servindo para o banho das pessoas. Apesar de nenhuma criatividade servia. O banheirão era um pequeno poço que ficava a frente da antiga barragem, que ao vazar descia formando aí uma espécie de “piscina natural” onde a moçada se deliciava nos dias quentes do nosso Pé de Serra.
Porque não transformar aquele espaço novamente em área de laser? Um laser, voltado para a educação ambiental, incutindo no usuário o valor da preservação. Não se usa mais a água do riacho para abastecer a cidade, portanto, seria de bom tamanho transforma-lo, criando assim uma opção de laser para a já carente cidade de Uibaí, e o que é mais importante: fica praticamente dentro da cidade o que facilitaria o acesso de pessoas de todas as idades.
Rui Oliveira Machado

“QUEM NÃO SE MOVIMENTA NÃO SENTE AS CADEIAS QUE O PRENDEM”

A Administração Pública em Uibaí foi, ao longo dos seus 41 anos de Emancipação Política, a mostra mais clara da imoralidade e escrotidão com que a coisa pública é tratada.
Nas últimas gestões, principalmente, mostrou-se com perícia a suposta arte da Política que mescla elementos da prática do nepotismo, enriquecimento às custas do erário e tapinha nas costas, “é para vê se desce à porra por goela abaixo”. Para complementar o descaminho no município, as instituições superiores, que formalmente têm o papel de auxiliar o poder legislativo municipal na fiscalização, ao que parece e como atuam são as catacumbas onde as denúncias chegam, se perdem, e não ecoam.
Diante deste quadro, a organização das instâncias políticas de Uibaí se faz urgente; organizações revolucionárias subordinadas à estratégia de construção de uma outra sociedade. Os partidos políticos precisam organizar-se enquanto instâncias estratégicas de transformação da sociedade e deixar o espaço nulo que ocupam (os partidos não estão ocupando os espaços da sociedade); as associações precisam ser construídas e afirmadas enquanto espaços de construção política e estar submetidas a estratégias claras de inserção no político/público, assim como os sindicatos precisam estruturar-se como campo de construção política e militância. Os movimentos civis precisam ocupar e produzir o público submetendo-o à lógica de ser público, de ser do POVO.
A passividade e a despolitização devem ser banidas. E estes espaços assumem uma posição estratégica para a politização e, mormente, organização sólida do povo. Savigny Machado Lima

ELEIÇÕES MUNICIPAIS EM UIBAÍ.

Alguns “Vereadores” de nosso humilde município deveriam em nome da moral e da ética política, e também por respeito ao esforço que se está fazendo para moralizar o país e acabar com a corrupção, entregar seus cargos e nunca mais serem candidatos a nada. Seria o mínimo que os mesmos poderiam fazer para serem esquecidos, pelo menos com um gesto honesto.
O que fizeram esses vereadores em prol do município? Vejamos:
enriqueceram com o dinheiro público;
sustentaram e ainda sustentam seus filhos nas capitais, “estudando” às custas do dinheiro público;
empregaram e empregam seus filhos e parentes para aumentar seus rendimentos (nepotismo);
praticam agiotagem (crime previsto em lei);
quando apresentam algum projeto (fato rara) o fazem em benefício próprio;
São empregados do povo, e acham-se patrões.
São alguns dos vários motivos pelo qual proponho que os nossos “queridos conterrâneos” sejam honestos pelo menos uma vez na vida e deixem a vida pública. Se por acaso você se acha um bom representante do povo faça uma avaliação do seu (s) mandato (s), se você não se enquadrar em nem um desses itens citados acima, pode se candidatar novamente, que terá grande chance de ser eleito. Caso contrário “morrerá torto”.
PS. “O pau que nasce torto, morre torto. O homem não. Só por opção”. Rui Oliveira Machado

BOCA DO CEU 8


Ano III-Abril/Maio/Junho/2003

GOVERNO LULA X SERVIDORES PÚBLICOS

Com seis meses de administração é difícil avaliar qualquer governo, mas não impossível, principalmente um governo eleito pelo povo e que além do mais tem uma trajetória de vida que se identifica com a grande maioria dos trabalhadores.
O governo do PT como é chamado pela maioria da população, na realidade deixou de ser do PT no momento em que Luis Inácio Lula da Silva assumiu a Presidência no dia 1º de janeiro, pois a partir desse momento o programa apresentado começa a sofrer modificações devido a pressões dos diversas segmentos da sociedade que deram apoio à sua candidatura, principalmente no 2º turno das eleições. Ou se negocia ou não se governa, esse é o lema. Porque isso? Veja: o poder de um Presidente é muito grande, não se pode negar, mas quem aprova o que o governo propõe é o Congresso Nacional, com seus Deputados e Senadores, e é a partir daí que começam as dificuldades. São diferentes interesses, alguns coletivos, outros muitos, coorporativos, e até individuais. Mas, se sempre foi assim desde o “descobrimento”; onde está a diferença deste Governo em relação aos outros? Vejamos: A reforma da Previdência, uma das mais polêmicas das colocadas pelo governo, foi aprovada com grandes prejuízos para o funcionalismo público, que com muita raça tentam reverter essas perdas. Foram traídos pela grande maioria dos parlamentares eleitos com seus votos, e que de uma hora para outra mudaram o discurso acompanhando o Presidente, que por sua vez rasgou o programa do PT, no que se refere à Reforma da Previdência, (prometia não tocar em direitos adquiridos). O presidente vá lá. Mas os parlamentares, principalmente os do PT, deviam manter suas posições em relação ao Funcionalismo Público, que tem nos direitos adquiridos, o seu eixo central de luta. Infelizmente optaram por formar a base parlamentar de apoio ao governo, que agora está composta desde antigos coronéis que insistem em não largar o poder, como os Senadores Sarney e ACM, a “guerrilheiro” como o Deputado José Genuíno. Diferença entre este governo e os outros, pelo menos em relação a essa primeira reforma não há. Vamos ver as outras que estão por vir. Mesmo assim ainda acredito no governo Lula, acredito que fará do Brasil uma grande Nação. Afinal foi aprovado a Reforma da Previdência, sem a qual, segundo os “especialistas”, o Brasil não dava a arrancada para o crescimento tão esperado. È ver para crer. Rui Oliveira Machado

ELEIÇÕES 2004: HORA DE MUDAR.

Nossos potenciais candidatos a prefeito nas próximas eleições tem trajetórias de vida política distintas: um já foi prefeito da cidade por dois mandatos; outro candidato “derrotado” nas últimas eleições e o outro, marinheiro de primeira viagem. Tentarei fazer uma retrospectiva das últimas administrações e passar um pequeno perfil de cada candidato para que o eleitor possa fazer uma avaliação e decidir pelo seu candidato: Hamilton Ferreira Machado. Engenheiro Agrônomo, funcionário do Sebrae, foi Prefeito por dois mandatos substituindo Domingão em seu primeiro (1985/88) e Renato em seu segundo (1993/96). No primeiro mandato era tido como a esperança do povo de Uibaí, principalmente dos amigos e conterrâneos que conviveram com o mesmo em sua trajetória estudantil, inclusive na CEU (Casa dos Estudantes de Uibaí), foi uma decepção, não fez NADA em benefício da comunidade e muito menos pelo município, entregando-o na mão do sr. Renato Domingos Machado (1989/92), formado em medicina, trabalhando na época, em Uibaí. Também não fez NADA em benefício da comunidade e muito menos pelo Município, chegou até ser CASSADO pela Câmara de Vereadores, assumindo em seu lugar o Presidente da Câmara, sr. Argemiro Borges da Cunha em um mandato tampão. Hamilton retorna para seu segundo mandato, fez o mesmo que no primeiro, ou seja, NADA, ou melhor, conseguiu fazer o seu sucessor, Ubiraci Leví (Birinha) (1997/02), proprietário de supermercado e sem formação superior; também não fez NADA em seu mandato e ainda por cima com a ajuda do sr. Hamilton, foi reeleito (2003/04), e ainda não fez NADA em benefício da comunidade e muito menos pelo município. Essa galera pode ser chamada de Turma do Nada, pelo que fizeram em suas administrações.
Temos agora como candidatos ao executivo municipal, os seguintes nomes: Hamilton Ferreira Machado, já citado acima, Raul Machado, médico, trabalhando em Uibaí e
Pedro Rocha Machado, engenheiro sanitarista proprietário de uma micro-empresa voltada para a área sanitária. Esse foi candidato “derrotado” nas eleições passadas, e foi o único que apresentou um programa de governo, que pode lhe dar credibilidade para iniciar um processo de mudança, dando uma nova cara a administração de Uibaí, transformando-a em um espelho para toda a micro-região de Irecê.
Assim, caro amigo, você que é eleitor no próximo ano tem que ficar atento a esses fatos relatados acima. Prefeitos e ex-prefeitos com péssimas administrações estão se colocando como candidatos, lançando candidatos, simplesmente para manter a hegemonia da Turma do Nada. Vamos dar um basta! O Brasil está mudando e não podemos deixar Uibaí continuar sendo governado por esses campeões do Nada. Rui Oliveira Machado

Escultura de Utinga – Xiquexique
Juraci Dórea

Escultura de Utinga – Xiquexique
Juraci Dórea

Falo somente do que falo:
do seco e de suas paisagens,
Nordestes, debaixo de um sol
ali do mais quente vinagre:

que reduz tudo ao espinhaço (...)

João Cabral de Melo Neto


O ANALFABETO POLÍTICO

O pior analfabetoÉ o analfabeto político,Ele não ouve, não fala,Nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,O preço do feijão, do peixe, da farinha,Do aluguel, do sapato e do remédioDependem das decisões políticas.

O analfabeto políticoÉ tão burro que se orgulhaE estufa o peito dizendoQue odeia a política.

Não sabe o imbecil que,da sua ignorância políticaNasce a prostituta, o menor abandonado,E o pior de todos os bandidos,Que é o político vigarista,Pilantra, corrupto e lacaioDas empresas nacionais e multinacionais.

Bertold Brecht

BOCA DO CEU 7


Ano III-Jan/Fev/Març/2003


NOSSA REPRESENTAÇÃO POLÍTICA E NOSSA SEGURANÇA.

Uibaí sempre foi uma cidade compostas de pessoas simples, honestas, sinceras e em sua grande maioria contrárias à violência. Os confrontos que se tem notícia foram oriundos de conflitos entre suas famílias em sua origem a algumas anos atrás; mas o que se vê hoje em dia são cenas de violência promovida por indivíduos que deveriam no mínimo estar preocupados com o bem estar do povo de Uibaí, mas que no entanto propiciam cenas que nos remetem ao Velho Oeste Americano dos antigos filmes, trocando tiros no meio da rua sem se preocuparem ao menos com a segurança de homens, mulheres e crianças que assistem assustados ao fato. A cena se dá entre um parlamentar eleito por uma grande parcela da população, e um militar imposto ao Município por algum “político” sem compromisso com o povo e interessado apenas em ser eleito a qualquer custo.
O vereador que tem um certo respeito junto ao povo, com a popularidade que goza (demonstrada recentemente quando o mesmo foi se entregar as “autoridades” em Uibaí) precisa fazer uma autocrítica, parar e refletir diante de sua posição de representante dos interesses de uma camada da população que com certeza não o elegeu para esse tipo de comportamento. Violência só gera violência. A postura de um vereador, a princípio, deve servir de exemplo para a comunidade, (felizmente o povo de Uibaí, pelo menos a maior parte não está seguindo esse princípio) não podemos aceitar isso, a Frente política da qual faz parte
esse vereador, precisa sentar para discutir esse triste fato e prestar esclarecimentos à população.
Já o militar que não foi eleito pra nada, mas que também (como o vereador), é pago com dinheiro de nossos impostos, ao invés de trocar tiros na rua deveria estar cuidando da segurança e do bem estar do povo, para servir de exemplo pelo menos aos seus subordinados, já que desfruta de uma patente, como também fazer uma reflexão em relação à sua postura ética e moral dentro do Município e seu papel perante a sociedade.

PS.
precisamos, valorizar mais o nosso voto, tanto a nossa representação política, quanto a nossa segurança, estão hoje desacreditadas devido ao pouco valor que uma grande maioria dos cidadãos dão ao voto, não querem entender que é através do voto que se consegue dar uma outra imagem as nossas Instituições: Polícia Militar, Câmaras de Parlamentares, Saúde Pública, Educação Pública, etc. Rui Oliveira Machado

VIOLÊNCIA:

“Ações realizadas por indivíduos, grupos, classes, nações, que ocasionam danos físicos, emocionais, morais e/ou espirituais a si próprios e a outros, apresentando profundo enraizamento nas estruturas sociais, políticas, bem como nas consciências individuais e coletivas.”
(Cecília Minayo,1998).

BOCA DO CEU 6


Ano II-Out/nov/Dez/2002

ELEIÇÕES PARA PRESIDENTE X ELEIÇÕES PARA PREFEITO EM UIBAÍ
Quem esteve em Uibaí nas últimas eleições assistiu uma grande demonstração de democracia. O povo votando com carinho e com determinação, na esperança de um futuro melhor. Esse fato, acredito vai se repetir a cada eleição, pois o povo uibaiênce que em sua maioria sempre votou em pessoas comprometidas com questões básicas de uma comunidade, ou seja: saúde, educação, o bem estar dos seus conterrâneos etc., está cansado dessa corja de “políticos” que só pensam em “mamar nas tetas” do Município. No entanto existem algumas perguntas que a todo o momento vêem à tona: porque nas eleições municipais (prefeito e vereadores) as coisas não ocorrem dessa mesma maneira? Porque a cidade fica com tanta gente estranha à sua rotina? Porque não há o empenho violento de certos cabos eleitorais? A resposta e muito simples: os eleitores que participaram da última eleição em Uibaí são em sua maioria conhecidos, parentes uns dos outros, não se via pessoas estranhas à comunidade como acontece nas eleições municipais, onde a compra de votos de eleitores de outros municípios é uma realidade. Nas eleições para Presidente e Deputados a compra de votos não é interessante, pois o poder municipal não está em jogo, assim as eleições fluíram para o lado da mudança, como sempre desejou o povo uibaiênce.
Nas próximas eleições para prefeito e vereadores, e necessário um recadastramento eleitoral acompanhado por pessoas idôneas, e solicitado de preferência por parlamentares de âmbito estadual e federal que tenha respaldo dentro do nosso município, isto para dar mais transparência ao processo. Chegou a hora de mudar nosso município, e tirá-lo das mãos dessa falange de salafrários que vivem exclusivamente do uso do dinheiro público em benefício próprio.

UMBU

A União Municipal em Benefício de Uibaí. Organização não governamental fundada em Uibaí há algum tempo atrás está sumindo do vocabulário e do cotidiano do povo. Acredito que por conta das muitas atividades que nos últimos anos tem ocupado nossa gente, (eleições: municipal, estadual e federal), mas agora que as coisas se acalmaram e um novo horizonte se abre, devemos reativar essa grande arma que dispomos para contribuir com esse governo que se inicia e que acreditamos ser sério e preocupado com a melhoria de vida dos milhares de cidadãos excluídos desse país.
As Organizações Não Governamentais existente na maioria dos países democráticos, e são uma das mais importantes armas voltada para a fiscalização do que é público, como também na formulação de políticas direcionadas para as áreas sociais onde o poder público tem dificuldade de atuar.
Uibaí é uma cidade privilegiada, acredito que nessa região seja a única que possui uma ONG com respaldo da maioria de sua população, mas que, no entanto, suas ações, não estão sedo devidamente divulgadas.
Penso que não seja por falta de vontade, mas talvez por falta de um veículo que possa informar a população do município o que está sendo feito, como também mostrar qual a finalidade da Organização. Devido a essas preocupações, gostaria de propor aos atuais diretores da UMBU, a realização de um seminário, com a finalidade de debater as questões acima levantadas e colhermos propostas para uma atuação que venha envolver mais diretamente a comunidade mostrando, assim, a importância da instituição. Rui Oliveira Machado

terça-feira, 13 de março de 2007

BOCA DO CEU 5

Ano II-Jul/ago/set//2002

ELEIÇÕES EM UIBAÍ

Uibaí é uma cidade que nas últimos eleições vem direcionando a maioria dos seus votos para a oposição, temos como prova disto a última eleição, onde elegemos quatro vereadores de oposição, pelo menos naquele momento, e tivemos uma votação expressiva para nosso candidato a Prefeito, só não se concretizando a sua eleição devido a grande roubalheira, acompanhada da compra de votos e o uso do dinheiro público dentro do pleito eleitoral pelo grupo que está no poder até hoje. Mas isso são águas passadas, e com certeza em um futuro próximo daremos o troco merecido a esses falsos representantes.

As eleições que se aproximam são de grande importância para nosso país e em particular para os municípios, pois o futuro dos mesmos vai depender dos novos Senadores, Governadores, dos Deputados: federal e estadual, que decidirão sobre os gastos do executivo Federal e Estadual, que por sua vez influenciará nas decisões municipais. A eleição de um Presidente que tenha seu programa de governo voltado para o crescimento do país e o bem estar de sua população, principalmente a mais marginalizada, gerando mais emprego, buscando uma distribuição de renda mais justa, fazendo uma reforma agrária assentando o homem ao campo, etc., faz-se necessário. LUIS INÁCIO LULA DA SILVA é o único candidato que em seu programa abraça todas essas questões e outras mais, e com certeza as colocará em prática, juntamente com uma bancada de parlamentares que também querem um Brasil melhor. O povo de Uibaí, tenho certeza, mais uma vez vai dar seu voto a esses candidatos que formam, essa Frente, composta pelo PT, PC do B, PV, PCB E PMN, mostrando para esses mandatários de Uibaí que a hora deles está chegando, e que o povo cansou de ser roubado, e uma luz no fim do túnel acaba de surgir. Até a vitória. *

Rui Oliveira Machado
*O PL não faz parte da frente de apoio no estado da Bahia.


NEPOTISMO: UMA VERGONHA EM UIBAÍ


Segundo o Dicionário Aurélio, nepotismo significa favoritismo, fato que infelizmente é comum à “políticos” de Uibaí e de outras pequenas e grandes cidades de nosso Brasil. O problema é que em nosso município a coisa chegou a extremos. O atual prefeito contratou mais de uma dezena de pessoas pertencentes a sua família, juntamente com a da esposa. Isso e inaceitável visto que constitucionalmente, vagas para trabalhadores no serviço públicos só podem ser preenchidas através de realização de Concurso Público. O povo de Uibaí já conhece essa prática, pois a maioria dos prefeitos (se não todos) que passaram por este município usaram e abusaram desse expediente.

Felizmente as coisas estão mudando, essa denúncia foi feita por um dos parlamentares de oposição, que na medida de suas possibilidades estão procurando trabalhar para melhorar nosso município, denunciando irregularidades, e “batendo de frente” com o executivo local, coisa que nunca aconteceu por parte de centenas de vereadores que já passaram por essa casa.

Hoje o povo já sabe que existem representantes dispostos a mudar esse quadro; as denúncias estão sendo feitas, cabe agora ao eleitor punir esses aproveitadores; e a arma que temos é o voto, não vote em candidatos apoiados por esses “políticos”, procurem candidatos honestos, que são poucos, é certo, mas, que por isso mesmo destacam-se entre os outros por sua postura, sua preocupação com o coletivo, com o bem estar social, com a ética, com a administração do que é público, etc. Pense nisso e seu voto ajudará a mudar a “Cara de Nossa Cidade”. Até a vitória!!!


DEZ MIL EM IRECÊ!!

A micro-região de Irecê jamais viu um comício com tamanha participação da população, com candidatos realmente preocupados com a situação do povo sofrido e trabalhador dessa região.
No último dia 14 os candidatos da coligação PT, PC do B, PCB, PV, PMN, estiveram em Irecê para mais um comício onde foi apresentado os nossos candidatos ao Governo e ao Senado: Wagner, Waldir Pires e Haroldo Lima, esses três parlamentares que estão se candidatando a reeleição, agora para governo e senado respectivamente, foram todos avaliados pelo DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) e tiveram nota 10. O que isso quer dizer: a nota dada pelo DIAP, é baseada na posição do Parlamentar diante dos problemas apresentados pela classe trabalhadora. Essa nota só é dada se o Parlamentar defendeu o trabalhador, votando em seu benefício, ou apresentou projetos em prol da classe trabalhadora. Os parlamentares que fazem parte dessa frente de oposição liderada pelo Partido dos Trabalhadores, todos eles, tem nota 10, ou próximas a esse valor. Já os candidatos apoiados pela situação, tiveram notas abaixo de 05, ou seja, em sua maioria defendem os interesses do governo, e só aparecem para pedir seu voto em troca de migalhas. Os trabalhadores da micro- região de Irecê precisam mostrar a esses salafrários que o povo não é besta. DÊ UM NÃO a esses malfeitores, vote em quem lhe defende: LULA – WAGNER – WALDIR – HAROLDO, e nos candidatos a deputados dessa frente. PT. Saudações.

O ANALFABETO POLÍTICO

O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
Nem participa dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe que o custo da vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha,
Do aluguel, do sapato e do remédio
Dependem das decisões políticas.

O analfabeto político
É tão burro que se orgulha
E estufa o peito dizendo
Que odeia a política.

Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
Nasce a prostituta, o menor abandonado,

E o pior de todos os bandidos,
Que é o político vigarista,
Pilantra, corrupto e lacaio
Das empresas nacionais e multinacionais.

Bertold Brecht