segunda-feira, 19 de março de 2007

BOCA DO CEU 18

Ano VI-Jan/fev/mar/2006

ACABOU !!!

O Partido dos Trabalhadores nesses três anos e meio ao contrário do que pregou em toda sua existência, enveredou por um caminho que durante seus vinte e cinco anos de existência criticou: o caminho da corrupção, da falta de ética, da mentira, ou seja, das práticas mais condenadas pela grande maioria de seus militantes. Tentei resistir a idéia de que o partido não tem mais jeito, mas infelizmente essa resistência chegou ao fim. Filiei-me ao PT logo no seu nascimento, no inicio dos anos 80. Militei na medida do possível sempre acreditando que era esse o partido que defendia uma sociedade mais justa, mais igualitária, partindo de princípios socialistas largamente estudados e defendidos por seus principais idealizadores e militantes. O partido conseguiu manter a sua linha política pouco mais de uma década. A partir daí sua meta principal foi a chegada ao poder a qualquer custo. Primeiro com as administrações municipais, onde o leque de alianças passou a incluir agremiações partidárias com princípios ideológicos completamente diferenciados dos defendidos. Em seguida as administrações estaduais seguindo a mesma linha política. Nesse período o partido começa a defender não mais uma proposta de ruptura com o modelo neoliberal, e sim uma via alternativa de chegada ao poder a qualquer custo. A ala majoritária do partido sempre defendeu esses princípios, ou seja, que os meios justificam os fins. As outras facções mais à esquerda do partido em sua grande maioria defendem ou defendiam a ruptura com esse sistema. Acreditavam e ainda acreditam (o que torna o fato mais grave) que estando no poder um partido nascido dentro de uma ideologia socialista, poderia, pelo menos iniciar os caminhos para a ruptura. Ledo engano. O fortalecimento do neoliberalismo foi intensificado, e hoje o que se vê é um partido completamente esfacelado, onde a maioria de seus parlamentares e dirigentes lutam com unhas e dentes para manter privilégios antes condenáveis. A única agremiação política criada após um longo período de ditadura, que poderia dar um rumo mais sério ao país acabou do ponto de vista ideológico. Existe, ainda, como uma organização qualquer defendendo projetos corporativos em benefício de alguns poucos que se revezam no parlamento e dentro da estrutura governamental. Estamos hoje a poucos meses do processo eleitoral sem uma opção política viável. O critério de votação não é mais ideológico como antes defendido, o partido, como os outros existentes defendem as mesmas bandeiras antes criticadas: bandeiras do nepotismo, do fisiologismo, do corporativismo, etc., exceto o PSOL, PCO e o PSTU, partidos dissidentes do PT, com grandes dificuldades de organização e mobilização. Infelizmente, como milhares de militantes, não poderei votar em um projeto político que acreditava, e ainda acredito, por falta de uma agremiação partidária que os defenda. Como milhares de eleitores, vou votar em indivíduos, acreditando que ainda exista na figura de uns poucos cidadãos a esperança da construção de uma sociedade mais justa.
Rui Oliveira Machado

BOCA DO CEU 17


Ano V Julho – Out/nov/dez/2005

“E AGORA JOSÉ”

Estamos chegando a mais um final de ano. Inicia-se o último ano de governo do Presidente Lula, e termina o primeiro do Prefeito Raul. O que esses dois governos tem em comum? Vejamos: os dois estão abarrotados de corruptos, o uso do dinheiro público para fins pessoais e eleitoreiros e fato nos dois. Existem pessoas honestas nos dois governos; sendo que em Uibaí o percentual é menor. Já o percentual de aproveitadores, proporcionalmente, Uibaí está na dianteira. As promessas feitas em campanha nos dois governos até o momento não foram cumpridas integralmente. No governo Lula não há mais tempo, a menos que venha o segundo mandato. No governo Raul ainda há tempo, vamos esperar... Em termos de avanços, apesar dos pesares e de mais tempo, o governo Lula avançou mais do que o governo Raul, que ainda não disse para que veio. E nós eleitores de Uibaí o que vamos fazer nesse ano eleitoral que se inicia? Em quem votar? Acredito que Lula ainda é o melhor candidato. E digo porque: apesar de poucos avanços, houve investimentos na área social, na educação e na saúde. Diminuiu a pobreza, aumentou o nível de emprego, o salário mínimo teve aumento real, etc. No geral o país melhorou e o Governo Lula é, de longe, o melhor governo que esse país já teve nesses mais de 20 anos de “democracia”, e a tendência e melhorar nesse próximo ano com a expansão da bolsa-família, com o reajuste real do salário mínimo, com a queda dos juros, e por aí vai. Já nas eleições proporcionais e majoritárias (deputados estaduais e federais, presidente governadores, senadores) não é justo condenar o Partido dos Trabalhadores com sua história de lutas, tendo como justificativa um grupo minoritário de malfeitores que sujaram a imagem do partido e que estão pagando pelos seus atos. Assim sendo, quero acreditar que o Partido dos Trabalhadores ainda é a melhor opção de voto na atual estrutura partidária. O quadro é complicado, as perspectivas não são as melhores, mas já passamos por momentos piores que este e penso que vamos conseguir virar essa página, e reconstruir espaços onde possamos discutir caminhos para chegarmos a uma sociedade mais justa e igualitária.
Rui Oliveira Machado

PROSTITUIÇÃO INFANTIL.

Todos sabem que o índice de prostituição infantil no Brasil, principalmente no Nordeste, é altíssimo, e dentre as cidades nordestinas que mais se destacam estão as cidades turísticas e litorâneas, como Salvador, Recife, Fortaleza, entre outras. As cidades de menor porte situadas no interior dos estados nordestinos estão, também, inseridas nos roteiros da prostituição, já que a fiscalização por parte dos responsáveis pelo combate a esse crime é menor. Quero destacar aqui o nosso município, a pequena cidade de Uibaí, onde esse crime a cada dia aumenta sem nenhuma preocupação por parte do poder público, e aponto aí não só o executivo municipal, como também o legislativo. No Estatuto da Criança e do Adolescente, para citar apenas dois artigos, diz que: Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
Portanto, faz-se necessário a divulgação do ECA, (Estatuto da Criança e do Adolescente) com ênfase nesses artigos em bares, clubes, hotéis, etc., como também às autoridades que fazem a segurança civil e militar do município. Sugiro ao Poder Legislativo que elabore um Projeto de Lei com a finalidade de inserir no currículo das escolas municipais a educação sexual como disciplina obrigatória, só assim conseguiremos garantir uma melhor orientação e um futuro melhor para nossas crianças. Rui Oliveira Machado

O MENINO AZUL (para Pedro S. Machado)
Cecília Meireles

O menino quer um burrinho para passear.
Um burrinho manso,
que não corra nem pule,
mas que saiba conversar.
O menino quer um burrinho
que saiba dizer o nome dos rios,
das montanhas,
das flores,— de tudo o que aparecer.
O menino quer um burrinho que
saiba inventar histórias bonitas
com pessoas e bichos e com barquinhos no mar.
E os dois sairão pelo mundo
que é como um jardim
apenas mais largo
e talvez mais comprido
e que não tenha fim.
(Quem souber de um burrinho desses,
pode escrever
para a Ruas das Casas,
Número das Portas,
ao Menino Azul que não sabe ler.)

BOCA DO CEU 16


Ano V-Abr/mai/Jun/2005

O SONHO NÃO ACABOU.

Em sua grande maioria os militantes do Partido dos Trabalhadores conviveram com um período de vinte anos de ditadura militar. Tiveram que passar a pré-adolescência, a adolescência e uma parte de sua vida adulta calados politicamente e culturalmente. Manifestações voltadas para essas linhas eram proibidas, a menos que fossem a favor do regime. Nesse período não podia sequer estar reunidos em grupo com mais de três pessoas. Perseguidos, sem poder expressar suas idéias e pensamentos, essa geração conseguiu sobreviver. Participaram da “abertura política”, que trouxe a anistia, o governo civil, as eleições diretas, um governo eleito no voto direto e afastado com grande participação desses militantes que com muita luta, também, conseguiram colocar no poder maior do país, com a ajuda de grande parte da sociedade, um cidadão oriundo das massas populares e com a “cara do Brasil”. Infelizmente para se governar um país com tantos vícios, com uma cultura de corrupção, onde o fisiologismo, o nepotismo, o coronelismo, etc., imperam, seria necessário uma ruptura, acabar com esses vícios e com esses grupos que defendem tais posturas. O PT, ao contrário do defendido em sua trajetória de existência, aliou-se a esses grupos com um projeto de poder defendido pelo núcleo majoritário do Partido com a conivência do Presidente. Esse núcleo forte conseguiu em menos de três anos acabar com um partido e adiar o sonho de uma militância e a esperança de milhões de brasileiros e brasileiras. Mas essa militância que já enfrentou a ditadura por vinte anos, como citado acima, não desiste nunca, e com certeza vai virar mais essa página da história. “A luta pelo socialismo é também a luta contra todas as opressões, injustiças e barbáries cotidianas”. O socialismo não morreu e nunca vai morrer, ao contrário do Capitalismo que sobrevive através de mutações constantes com a finalidade de preservar a hegemonia de uma minoria privilegiada, o Socialismo tem como uma de suas bandeiras a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde a exclusão seja banida para sempre. E nós que acreditamos nos ideais socialistas, ainda temos muito que lutar, quinhentos anos de corrupção e desmandos, não se acaba em 25 anos de militância. A luta continua. Rui Oliveira Machado


O QUE FAZER?
* Georges Bourdoukan

O que fazer quando a água cristalina vira um mar de lama?
O que fazer quando a fome vira um número que não alimenta?
O que fazer quando o passado vira referencial para quem prometia o futuro?
O que fazer quando o júbilo, envergonhado, busca abrigo na solidão?
O que fazer quando a virtude se cobre de trevas?
O que fazer quando a mentira cospe na verdade?
O que fazer quando a soberba se torna filha dileta do banquete do cerrado?
O que fazer quando se perde a esperança?
O que fazer quando os olhos não querem enxergar e o coração fica cego?
O que fazer quando a bondade se cobre de mau hálito?
O que fazer quando a ternura se vê brutalizada?
O que fazer quando a desigualdade social e incentivada?
O que fazer quando o sonho vira pesadelo?
O que fazer?...
Amigo, se você sobreviveu a tudo isso, você pode tudo!
Lembre-se: a História conspira a seu favor e o bem estar da humanidade é o objetivo derradeiro do Universo.
*Jornalista e escritor
**Transcrito da revista Caros Amigos




PREPARANDO PARA A PRÓXIMA.

Não é porque o Partido dos Trabalhadores está envolvido nesse mar de lama, que nós que ajudamos a construí-lo, vamos baixar a cabeça e entregar os pontos, pelo contrário, o PT não se resume a esse emaranhado de sujeiras que aí está. O PT nesses vinte e cinco anos construiu muito, existem exemplos a serem seguidos, é só voltar nosso olhar para as diversas cidades de pequeno e médio porte que estão sendo administradas pelo PT, a exemplo de Pintadas no interior da Bahia para continuarmos acreditando em nossos sonhos. Não sei se o Partido, após essas eleições internas, voltará a suas origens, mas tenho certeza que as células que foram plantadas e implementadas em algumas administrações estão dando resultados, e independente da coloração partidária, podem ser reproduzidas e adaptadas em cidades como Uibaí, Central, Irecê, Ibipeba, Presidente Dutra, só para ficar com algumas de nossa região.
Como tornar esse sonho realidade? No caso de Uibaí, acredito que já demos o primeiro passo, ou seja, com as duas últimas eleições no município aprendemos muito, principalmente com nossos erros; agora precisamos, com humildade corrigi-los e darmos um novo direcionamento na luta. Precisamos deixar de lado os projetos pessoais e trabalhar para que a tomada do poder aconteça de forma espontânea, com um projeto administrativo para Uibaí que tenha no mínimo suas linhas gerais discutida com a sociedade local. Os candidatos devem se pautar pelos princípios da honestidade, da moralidade, da ética, etc., princípios, estes, que estão presentes na vida da grande maioria dos eleitores que votaram na Frente de Libertação e Reconstrução de Uibaí nas últimas eleições. Assim teremos mais chance de encontrar candidatos realmente preocupados com a mudança e a melhoria de nosso município, dispostos a se submeter ao programa discutido com a sociedade.
Chegar ao poder a qualquer custo não vale a pena, estamos vivendo nesse momento um exemplo concreto, o Partido dos Trabalhadores, que infelizmente acabou enquanto partido que representava mudança em prol de uma sociedade mais justa.

BOCA DO CEU 15

Ano V Jan/fev/mar–2005

O PAÍS VAI BEM, O POVO BRASILEIRO AINDA NÃO.

FREI BETO


Dizia minha avó, em ânsias casadoiras, à filha solteirona: “Fulano é um bom partido.” Herdeiro de boa fortuna. Hoje, o princípio do verbo partir, substantivado, serve para designar agremiações políticas. Todas elas literalmente partidas: em tendências, facções, siglas e grupos regionalistas.
Conheci o PT ainda como proposta na cabeça do Lula. Por que trabalhador votar em patrão, e não em trabalhador? _ acendeu-lhe eureca à 15 de julho de 1979, ao participar de encontro sindical em Salvador, enquanto em São Bernardo do campo Marisa dava à luz o filho Sandro.
A proposta ganhou corpo e adeptos no meio sindical, nas Comunidades Eclesiais de Base, nos movimentos populares, na esquerda sobrevivente ao terror da repressão, entre intelectuais como Hélio Pedrosa, Sérgio Buarque de Hollanda, Antônio Cândido e Hélio Pellegrino.
Fiquei fora. Sou afeito a consensos e avesso a disputas. Nunca me filiei. Mas da trincheira do movimento social torci pelo PT. Vi dona Maria Clara, na periferia de Vila Velha, fazer da sala apertada de seu casebre sede do Núcleo do partido. Vi Bacuri, hanseniano, reunir no Acre enfermos de uma colônia para debater o programa do PT. Vi agricultores do sertão paraibano pintarem imensa estrela vermelha na parede de um galpão.
Conheci o PT do trabalho de base, da formação política, das rifas para coletar fundos, dos livros de ouro, da venda de broches e adesivos, das festas beneficentes. O PT da militância voluntária, das campanhas eleitorais aguerridas, do sonho socialista, do orgulho de ser de esquerda. O PT da hegemonia proletária na direção, dos critérios éticos nas alianças políticas, da transparência no trato do dinheiro. PT das greves do ABC, da campanha das Diretas-Já, do “fora Collor”, da luta por reforma agrária e contra o pagamento da dívida externa. PT do Fórum de São Paulo, da solidariedade à revolução cubana, à Nicarágua sandinista, à causa palestina, aos que lutavam contra o aparthid na África do Sul e clamavam pela libertação de Nelson Mandela.
Aos 25 anos, o PT poderia se gabar de comemorar bodas de sangue, tantos os mártires de sua história: Chico Mendes, Raimundo Ferreira Lima, Wilson Pinheiro, Santo Dias, Margarida Alves, Dorcelina Folador...
Todos assassinados por coerência aos ideais do partido. De gota a gota de sangue, de porta em porta, de luta em luta, de voto em voto, o PT ampliou a sua força política, elegendo vereadores, deputados, prefeitos, senadores e governadores. Até que em 2002, na quarta tentativa, fez de Lula presidente da Republica.
Hoje é um partido repartido. O futuro se fez presente e, para uns, não era o que se esperava: o abandono do projeto socialista, o pudor de situar-se à esquerda, a política econômica neoliberal, o atraso na reforma agrária, a liberação dos transgênicos, o permanente adiamento da demarcação da reserva indígena Raposo/Serra do Sol, em Roraima.
Para outros, o PT governa com realismo e pragmatismo. Não faz o desejável, mas o possível. Implementa uma política externa ousada, promove a reforma universitária, estende o credito à população de baixa renda, preserva o meio ambiente, defende a Amazônia, combate a fome e a corrupção, distribui renda a 6,5 milhões de famílias que viviam na miséria. E brilha na macroeconomia: estabilidade monetária, controle da inflação, queda do risco Brasil, crescimento da industria e das exportações, êxito do agronegócio, aumento das reservas do país e do emprego formal.
O Brasil é a terra dos paradoxos. O mundo se divide em mais de 200 nações e o nosso país sempre figurou entre os mais ricos. No entanto, é o primeiro em desigualdade social. Segundo o FMI, os 10% mais ricos da população possuem 44% da renda nacional; os 10% mais pobres dividem 1% da renda.
No andar de cima, jamais faltou mesa farta. No de baixo, a sofrida labuta pelo pão nosso de cada dia. Será que a fartura do agronegócio, da indústria automobilística, do preço exorbitante do aço, do lucro astronômico dos bancos, do robusto caixa do BNDS, haverão de se refletir no aumento do poder aquisitivo e da qualidade de vida dos mais pobres?
O s mais ricos deixarão de ganhar tanto para que haja menos miséria?
O dilema do PT é, hoje, o de Hamelet: ser ou não ser _ um partido disposto a ganhar eleições ou a construir um projeto histórico para o Brasil? As duas coisas, dirão alguns. Numa sociedade objetivamente tão conflitiva, o preço pago pelo êxito eleitoral, à base de consenso e alianças partidárias sem critérios (vide o efeito Severino), pode equivaler ao de um resgate sem libertação da vítima do sequestro. No caso, a esperança depositada no governo Lula.
O Brasil vai bem, o povo brasileiro ainda não. A economia é forte, a política e fútil, o direito social frágil. Lula tem ainda pela frente dois anos para atrelar suas prioridades sociais ao ideário político que ele representa e que deve se impor como senhor, e não servo, dessa macroeconomia que hoje beneficia o país em detrimento da nação.
FREI BETO é escritor e foi assessor especial da Presidência da República.

UM SONHO DE 26 ANOS.

Rui Oliveira Machado
Em 1979, em plena ditadura militar, foi fundada em Brasília/DF a CEUBRAS (Casa dos Estudantes de Uibaí em Brasília). Um sonho que realizou-se em parte, visto que a meta era uma casa onde os filhos de Uibaí pudessem buscar uma formação superior com as mínimas condições de sobrevivência e, de preferência, apoiada pelo poder público municipal. A Casa, nesses 26 anos de sobrevivência, formou mais de cem filhos de Uibaí em nível superior sem nenhuma ajuda do poder público municipal. Pelo contrário: as vezes havia intenções deliberadas de interferir nos trabalhos realizados pelos seus residentes. Trabalhos estes direcionados para uma melhoria nas condições de vida dos nossos conterrâneos. Os estudantes da CEUBRAS, em sua grande maioria, conseguiram formação em curso superior trabalhando oito horas por dia e estudando a noite para poder sobreviver e, ao mesmo tempo, ajudar suas famílias que se encontravam no interior. Até hoje, 26 anos depois, não houve um administrador municipal que tivesse a sensibilidade de visualizar a importância dessa instituição para a formação de cidadãos. Entra prefeito, sai prefeito. Entra vereador, sai vereador. E a educação sempre relegada. Quem pode bancar os estudos dos filhos, em sua grande maioria com o dinheiro público, banca. O povão que se dane. Mas como dizia Euclídes da Cunha, “O nordestino é antes de tudo um forte”. O sonho ainda não acabou. Foi aprovado pela Câmara de vereadores, depois de muita luta e empenho dos estudantes, um projeto que trata especificamente dessas instituições, que se sancionado pelo prefeito; realizará o sonho de muitos que passaram e que vão passar por essas Casas. Parabéns as Casas de estudantes e em particular a CEUBRAS, pelos seus 26 anos.
ruipe@ig.com.br

BOCA DO CEU 14


Ano IV Out/nov/dez–2004


“O TEMPO NÃO PARA...”

O ano está chegando ao final, e nos do Boca do Céu gostaríamos de fazer uma avaliação, levando em consideração o nosso município, já que este informativo esta voltado para o mesmo. 2004 foi um ano de muitas esperanças, ano em que o governo Lula tinha por obrigação mostrar para o que veio, já que 2003 era tido como o período de ajustes e acomodações. O ano passou e chegou 2004. As coisas foram se encaixando e o governo avançou em alguns pontos, estacionou em outros e 2004 finda com poucas mudanças principalmente no tocante a área social que era o carro chefe do governo. Uibaí não teve muita mudança. A Frente de oposição “perdeu” as eleições. Ficaram os mesmos no poder e os eleitores da Frente se sentiram traídos e só agora estão conseguindo engolir essa derrota. Uibaí infelizmente não vai mudar. O prefeito eleito tende a manter a mesma estrutura do anterior com algumas mudanças a nível pessoal dentro de alguma secretaria, mas com ênfase no nepotismo e no fisiologismo. A esperança é o grupo de oposição. È justamente nesses vereadores que devemos depositar nossas esperanças de mudança. Precisamos primeiro lembra-los que os seus mandatos não lhes pertencem e que os mesmos devem ser abertos para a participação popular. A autoridade não é o vereador, mas sim o eleitor que lhe depositou o voto e tem por obrigação cobrar posições sérias do parlamentar. Cargo eletivo não é profissão como pesam alguns. Esse final de ano é um dos momentos mais propícios para uma avaliação do mandato dos nossos vereadores, principalmente os de oposição já que se inicia um novo ano e ao mesmo tempo uma nova legislatura. Porque esses vereadores não fazem isso? Abram seus mandatos para que seus eleitores possam opinar, criticar, propor, questionar, etc. As votações na Câmara nesse início de mandato e de grande importância para definir posições, e isso tem que ser colocado em discussão com o eleitor que é o maior interessado, só assim poderemos tentar mais uma vez construir uma alternativa de governo para Uibaí em 2008. Não tenham medo, encarem esse primeiro desafio, e comecem seu próximo mandato preocupados em colaborar para construir uma sociedade mais justa que é o papel de todo cidadão.
Rui Oliveira Machado

“QUEM SABE FAZ A HORA”

Temos certeza que a reabertura da antiga Voz do Povo depois desse belo trabalho de restauração será um grande sucesso. O povo de Uibaí merece, já que o poder público local não tem uma visão da importância da preservação do patrimônio cultural de uma comunidade. Felizmente ainda existem pessoas preocupadas com a preservação de nossas raízes. Parabéns a todos que contribuíram para a consecução dessa grande obra. A redação.

BOCA DO CEU 13


Ano IV setembro - edição extra -eleições/2004


APRENDENDO A CADA ELEIÇÃO

Infelizmente não deu. A luta foi muito grande por parte de mais de 49% da população de Uibaí, mas infelizmente não deu. O que será que está faltando? O povo estava mobilizado, as pesquisas apontavam para nossa vitória, os ventos sopravam em nossa direção, até os mais pessimistas apostavam na Frente de Libertação e Reconstrução de Uibaí. O que aconteceu? Essa pergunta não quer calar. Foi a compra de eleitores apontada para as abstenções que somaram mais de 250? Foram eleitores que não souberam votar apontados para os votos nulos que somaram mais de 400? Foi o recadastramento eleitoral que diminuiu a frente apontada para a sede do Município? Foram problemas na avaliação ou na condução da campanha? Não podemos afirmar o que foi, mas com certeza todos esses questionamentos contribuíram para esse resultado. Estou triste com esse resultado, como todos que depositaram seus votos na Frente, mas não podemos ficar desiludidos. Vou dizer porque: Em uma das campanhas para prefeito de Uibaí, uma das primeiras que o PT participou, o ano era 1996, o candidato a prefeito era Dr. Tarcísio e o vice era Joãozinho, fizemos um dos poucos comícios na Praça Velha, em frente ao bar que hoje pertence a Neto Veio. O comício foi feito em cima de um caminhão, e as camisetas eram pintadas no bar de Hilton que improvisou ali naquele momento uma “tela” com o nome do nosso candidato. O comício teve por volta de 80 a 100 pessoas, foi um sucesso e estávamos conscientes do início de uma grande e árdua caminhada. Lutamos esses primeiros quatro anos para construir uma oposição em Uibaí e conseguimos. Fomos para as eleições de 2000 com uma Frente de oposição consolidada e bem estruturada, composta pelos partidos: PT, PCdoB, PSB e PDT tendo como candidato a prefeito Pedro Rocha e como vice Pepe. O sucesso foi imenso, os comícios eram lotados, as carreatas para os povoados foram inauguradas, e o povão aderiu em massa, surgiu então a “Pataiada” apelido dado aos eleitores de Pedro Rocha. Não conseguimos conquistar a prefeitura, mas conquistamos o povo de Uibaí, e não abaixamos a cabeça, pelo contrario, a força e a disposição tomou conta do povo, e o trabalho continuou. De 2001 até essa última eleição no dia 03/10/04, a “Pataiada” “caiu em campo” exigindo mudanças e apostando mais uma vez em Pedro Rocha e Pepe, que atendendo heroicamente esse chamado continuaram na luta com ânimos redobrados, como se a batalha estivesse começando. A campanha foi linda. Está marcada na história de Uibaí. E tenho certeza que esses 8 anos de “administração” de Birinha junto com esses 4 de Raul, serão esquecidos, mas a força e a garra da “Pataiada” virou história e será contada em verso e prosa por muito tempo. Ou melhor, essa história ainda está sendo contada, pois PATO e diferente de GATO: temos mais de SETE VIDAS, e os próximos quatro anos estaremos na luta sempre com a vontade de construir não só Uibaí, mas um mundo mais justo onde as diferenças sejam tratadas com respeito, onde a fome não seja usada como arma para alcançar o poder, onde o Capital não sobreponha ao Racional. Rui Oliveira Machado

O SABIDO.

Gostaria profundamente de saber de que lado o “intelectual” Alan Oliveira Machado está. “O mais Sabido dos filhos de Uibaí”, (ele se acha), não consegue contribuir, pois, as pessoas que pensam em construir uma sociedade mais justa, em fazer de Uibaí uma cidade referencial onde o povo seja feliz, onde as instituições públicas funcionem em favor do povo, para o Sabido, são todas corrúptas, incompetentes e burras. Ele é quem sabe, pois, só ele estudou e estuda, assim, entende mais que os outros, principalmente, de organização de movimentos sociais e projetos de administração pública municipal. Vejamos: Não admite as posições políticas de Edmário e critica-o constantemente; Pedro Rocha não presta, pois, é empresário, Vilmar não presta, pois, vem da elite de Uibaí juntamente com Pepê; Rui não presta pois é fantoche e sem personalidade um ventríloquo; Doris é comparada a Dorival, ou seja, mafiosa; Joãozinho é filho de Miro, só isso basta para ser errado juntamente com Armênia; Celito não tem capacidade de discussão; Gilson não presta, é parasita . Pronto. Esses representam o atrasado dentro de Uibaí, são os culpados por todos os fracassos existente na oposição. O certo mesmo é o Sabido. Vejamos: o mesmo nunca militou em partido algum, nunca participou de qualquer tipo de movimento social, nem mesmo o estudantil. Não se tem registro de algum movimento de grande porte que o mesmo tenha participado efetivamente dentro de Uibaí, nem mesmo as Semanas de Arte, estando sempre atrapalhando mais do que ajudando. É o mentor intelectual do Boca do Inferno, informativo interessante, mas as matérias que questionam as pessoas, infelizmente não são assinadas. Acredito que seja Ordem do Sabido. Então, companheiros e conterrâneos, enquanto, os não intelectuais que somos nós estamos na maneira do possível tentando mudar os rumos de Uibaí, alguns colocando em risco a própria vida juntamente com suas famílias, Sabido está lá no Goiás “teorizando, fazendo palestras, formando pessoas”. Afinal, o Sabido e um Intelectual, só precisa ir visitar Uibaí para fazer sua crítica e massagear seu alto ego. Rui Oliveira Machado

PS. Não sou adepto desse tipo de discussão e acredito também que não e a forma mais acertada de contribuir para o fortalecimento da oposição em nosso Município. Mas ninguém pode se definir como o dono da verdade.


*AÇÃO POPULAR SOCIALISTAA nova tendência de esquerda do PT.

Com o objetivo de ampliar a atuação da esquerda no interior do PT e nos movimentos sociais, foi criada a tendência Ação Popular Socialista (APS), em encontro nacional realizado em Brasília no período de 11 a 13 de junho. Parlamentares federais e estaduais, vereadores, dirigentes do PT e de sindicatos, lideranças de movimentos populares, dirigentes da juventude petista e do movimento estudantil estiveram presentes ao encontro, representado os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Piauí, Maranhão, Pará, Amapá, Amazonas e Roraima. A ação Popular Socialista surge da unificação da Força Socialista com integrantes do Coletivo Socialista do Nordeste (Pernambuco, Alagoas e Paraíba) e dos agrupamentos “A Estrela é o PT”, do Maranhão, “Os Sonhos não Envelhecem”, do Paraná, “ PT de Cara Própria”, de Alagoas, “ PT Jovem” , da Bahia e do “Coletivo Socialista do Pará”.
Os representantes das tendências e agrupamentos regionais que deram origem à nova corrente do PT debateram e aprovaram resoluções sobre o momento político e um balanço dos 18 meses do governo Lula. A APS nasce, portanto, como uma corrente socialista no interior do PT, defendendo as propostas históricas que deram origem ao Partido. No encontro de Brasília foi eleita a Direção Nacional da APS, constituída por dirigentes representativos dos mais diversos movimentos, como a deputada Maninha (DF) e o deputado Ivan Valente (SP), o prefeito de Belém do Pará , Edmilson Rodrigues, os deputados estaduais Brice Bragato (ES), Araceli Lemos (PA), Afrânio Bopré (SC) e Rodolfe Rodrigues (AP). Integraram ainda a Direção da APS vários
dirigentes do PT, da CUT e do Movimento Terra, Trabalho e Liberdade, como Jorge Almeida (Executiva Nacional do PT), Toninho (Secretário Geral do PT/DF), Luís Araújo PT (PA), Lujan (Executiva Nacional da CUT), Renato Carvalho, Robson Brandão e Waldenir Agostinho (direção do MTL), entre outros.
*Publicação do mandato da Deputada Federal Maninha.

BOCA DO CEU 12

Ano IV Agosto - edição extra -eleições/2004

ESTÁ CHEGANDO A HORA!

O dia três de outubro está próximo. A maioria dos eleitores já escolheu seus candidatos, mas, existe ainda um grande número que não o fez e que se classifica de duas maneiras: 1ª- são eleitores que acreditam que qualquer um que for eleito “ta de bom tamanho” já que o mesmo não mudará em nada suas vidas. 2ª- são eleitores que estão indecisos, principalmente em relação aos candidatos a prefeito: Pedro Rocha e Raul Machado.
Com relação aos da primeira classificação, proponho que leiam o texto que vai mais adiante, O ANALFABETO POLÍTICO, de Bertold Brecht, que com certeza possibilitará uma melhor reflexão em cima do valor do voto em um processo eleitoral, principalmente em Uibaí.
Com relação aos da segunda classificação, uma análise superficial da atual administração de Uibaí daria para tirar da indecisão qualquer eleitor com o mínimo de tino político. Vejamos os candidatos:
Pedro Rocha, Engenheiro Sanitarista, candidato pela segunda vez em Uibaí, filiado ao Partido dosTrabalhadores, que compõe a Frente de Libertação e Reconstrução de Uibaí, coligação que envolve os partidos: PcdoB, PDT, PV e PMDB.
Raul Machado, Médico, candidato pela primeira vez em Uibaí, filiado ao PFL, em uma coligação que envolve os partidos: PP, PL e PTB.
O candidato da oposição, qualquer que fosse, nesse caso Pedro Rocha, iria trabalhar sua candidatura nas falhas da administração anterior, que não são poucas: sucateamento da educação, da saúde pública, da economia como um todo, abandono da sede do município e dos seus povoados, péssima aplicação dos recursos públicos, nepotismo, entre outras. Que são questões fundamentais para qualquer administração.
O candidato da situação, qualquer que fosse, nesse caso Raul Machado, a princípio deveria elogiar a atual administração. Mas, como fazer tal coisa olhando para Uibaí? Como falar bem de alguns indicadores de desenvolvimento, como por exemplo: educação, saúde, recursos públicos, transparência administrativa, etc. Isso complica a vida de qualquer candidato, pois esses temas que infelizmente não foram tratados como deveria, são a espinha dorsal de qualquer plano de governo. Por isso fique ligado. Os campos políticos estão bem definidos, só depende de você. Rui Oliveira Machado.

O ANALFABETO POLÍTICO
BertoldBrecht

O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo.

ENFIM LEMBRARAM-SE DE MIM!

Andava preocupado com um dos colaboradores do Boca do Inferno. Esse “conterrâneo” fala coisas horríveis de algumas pessoas, que ele acredita não agirem “politicamente correto”. Não concordava com essa posição mas, não podia fazer nada, já que o mesmo nunca tinha escrito uma palavra a meu respeito. Porém, como tudo tem seu tempo, chegou minha vez. vamos então à última: na linha do chamado desespero raivoso, ou seja; o “conterrâneo” precisa achar alguém para derramar sua cólera, afinal, não precisa se preocupar, não assume o que escreve mesmo, se a coisa um dia apertar, os responsáveis serão os integrantes do Grupo Teatro e Vida organizadores do informativo. Assim, o caro conterrâneo, baseado em que observações eu não sei chama-me de fantoche, ventríloquo e sem personalidade. Gostaria de discutir esses adjetivos que o conterrâneo me intitula, para em cima de seus argumentos, se forem convincentes procurar me corrigir dos mesmos. Infelizmente não sei o nome do conterrâneo que por ter muita personalidade não assinou o que escreveu, e ainda por cima compromete alguns conterrâneos que quando adolescentes criaram o Grupo Teatro e Vida que muito contribuiu para a cultura de Uibaí. Apresente-se. A imprensa é livre de censura. Não tem porque se esconder. (A não ser que seja proibido assinar a seção infernal ou os editores lhe obrigue a não se identificar, coisa que particularmente não quero acreditar). Assim poderemos na discussão construir alguma coisa útil e real para nossa cidade e para o Brasil. Não tenha medo você vai conseguir, você é inteligente o bastante para não se esconda atras do anonimato que é a arma preferida dos covardes.
Rui Oliveira Machado

O PODER E OS SEUS ÓRFÃOS

Muito provavelmente a chapa da Frente de Libertação e Reconstrução de Uibaí, encabeçada por Pedro Rocha, vencerá as eleições municipais e aí, neste ponto, especificamente, entra o quadro da reestruturação das relações de poder no município. A eleição se aproxima e vai delineando um quadro bastante catastrófico para os beneficiários do poder.
O poder constituído, nas duas últimas gestões do prefeito Ubiraci Levi, foi utilizado da
forma mais inescrupulosa para enriquecimento pessoal e familiar e a possibilidade real e crescente de derrota no pleito eleitoral que se anuncia faz abrir a perspectiva da orfandade do poder.
Poder-se-ia inquirir __ “e agora, José? A festa acabou”, a fonte secou, o bezerro desmamou........”e agora, José?”
O poder escorre como a água que se tenta prender pelas-mãos/nas-mãos e não se quer deixar escapar, mas ele escorre. E este poder deixará muitos órfãos; como poderão viver os puxa-sacos de plantão, os beneficiários do nepotismo na prefeitura de Uibaí?
Os beneficiários do poder, tornar-se-ão órfãos do poder. Como viverão, agora, os “trabalhadores” que sempre estiveram à sombra do poder? Tornar-se-ão novos-puxa-sacos ou o dinheiro que receberam ilegalmente pelos PUXÕES fê-los ricos e não precisam mais puxar ou, então, começarão felizmente a trabalhar e serão, a partir de hoje em diante, trabalhadores e verão como é duro ganhar o pão de cada dia com o suor do rosto; contanto, eles nunca trabalharam e existe a possibilidade real de virem a passar fome; especializaram-se em não fazer nada e nada sabem fazer, exceto, cometer irregularidades e ilegalidades que o atual poder constituído acoberta e faz loas.
A perspectiva da orfandade em muitos já começa a causar duras reflexões e AGORA????????? E aGOrA??????? JOSÉ, E AGOra?????????????? A vaca azul fará muita falta para as famílias que vivem, poR enQuanto, e viveram, até agora e não mais, das benesses/facilidades do poder, ilegais como é de praxe da prática política de certo grupo político que bem se poderia categorizá-lo por horda.
O bem estar de uns poucos está ligado à “desgraça” da maioria do povo de Uibaí que vive sem acesso à educação, sem assistência estudantil, sem saúde, sem saneamento, sem infra-estrutura básica de estradas e logradouros, sem lazer... sem esportes... sem moradia... sem alimentação... com insegurança...!!!!!
Savigny Machado.