segunda-feira, 19 de março de 2007

BOCA DO CEU 11


Ano IV Julho - edição extra -eleições/2004

O JOVEM QUE BARROU O PRESIDENTE.
Eduardo Horácio Jr.
Eram mais ou menos dez horas da manhã do último dia de agosto daquele famoso ano de 68. A polícia militar cercava a UNB há alguns dias e quem viria visitá-la era o presidente do Brasil, general Costa e Silva, acompanhado do presidente francês, Charles de Gaule . O presidente brasileiro queria mostrar seu cartão postal, “ uma universidade-modelo para o mundo”, segundo suas próprias palavras.
Costa e Silva, no entanto, não sabia que no meio da multidão, suando muito, estava um jovem estudante de direito, Osvaldo . Com uma ousadia digna de poucos, Osvaldo passou por muitos, driblou os seguranças e finalmente chegou ao presidente.
Osvaldo não sabia o que dizer. Ao contrário dos tempos atuais, não carregava nenhum ovo na mão. Só se lembra que levantou a cabeça e disse:
-Por favor, presidente, aqui o senhor não entra.
Como não?
Quando Osvaldo olhou para trás, milhares de colegas se entusiasmaram e transformaram em verdade aquela corajosa frase do jovem acadêmico. Criou-se ali, em poucos minutos, um dos fatos políticos mais importantes do turbulento ano de 68. O presidente francês passou pela multidão, mas o general brasileiro estava preso, rodeado por estudantes de uma universidade que ele considerava modelo para o Brasil.
Torturado durante a ditadura, Osvaldo ainda encontraria forças para concluir mais tarde seu curso de direito. Foi um dos fundadores do PT e, como advogado, sempre atuou na defesa dos trabalhadores rurais. Foi professor da UCG, e é uma das referências nacionais quando se fala em direito alternativo.
Bem, se fazer uma breve biografia já não é fácil, um necrológio é ainda pior. Exige uma serenidade quase sempre impraticável Osvaldo Alencar Rocha, o brasileiro que, entre outras coisas, barrou o presidente, se foi no último dia 14 de junho, em Goiânia.

Eduardo Horácio Jr. É estudante do 4º ano de jornalismo da UFG.
JORNAL INTEGRAÇÃO Setembro 2000.


DE ALMA LAVADA.
Rui Oliveira Machado
No dia 26/06/04, em plena semana de São João, a cidade de Uibaí viveu um dos seus maiores momentos, que deve ficar na história e na memória de muitos.
Nesse dia foi marcada a convenção dos Partidos que formam a Frente de Reconstrução e Libertação de Uibaí, até aí nada de novo. Com o término da convenção ficou programado uma pequena manifestação e logo em seguida uma visita às barracas expostas na praça onde estava sendo realizado o festejo junino.
Na hora marcada, a população se dirigiu para o local do encontro, próximo a torre da Telemar. A concentração foi tamanha e a animação fora do comum que os organizadores resolveram fazer um arrastão pela cidade. Já era noite. No entanto o povo não arredou pé e saiu em passeata pelas ruas escuras de Uibaí. Escuras em alguns pontos por falta de manutenção e, em outros, a mando de algum político preocupado com a repercussão do fato. Mesmo assim a passeata seguiu pelas ruas esburacadas e empoeiradas da cidade, onde crianças, adolescentes, adultos e idosos exerciam, alguns inconscientemente, o direito da Cidadania. Entraram na praça que é e sempre será do povo, gritou, pulou, dançou e vaiou “o chefe do executivo, quando este foi citado no palanque e alguns outros lacaios que estavam compondo aquela lista de malfeitores em mãos do locutor. Saíram da praça e seguiram em frente até o ponto inicial da passeata. Aquilo era um grito que estava preso na garganta desde o pleito passado. Em seus semblantes via-se a alegria de ter participado desse momento e a vontade de mudar, mudar para melhor e com muita participação. Nesse dia o povo de Uibaí ficou de alma lavada.

PRÁ SE FAZER UM COMÍCIO
Rui Oliveira Machado
I
Para se fazer um comício ou mesmo um arrastão
na cidade de Uibaí não carece muito não.
Sendo do lado da Frente, o lado da oposição
abasta dizer a um que Pedro Rocha chegô
e precisa de uma prosa com o povo eleitor.
II
Logo a notícia se espaia por todos os cafundós
de orêia em orêia o trem começa a render]
da Chapadinha a Hidrolândia da Boca D’água até Irecê,
é um buxicho danado que o povo fica a sabê,
em frente a casa de quem o fato vai ocorrê.
III
Em pouco tempo então
a multidão tá formada
gente da primeira idade,
da Segunda e da terceira
todo mundo satisfeito
com os dentes no quaradô
de tanta felicidade por ser ele eleitor.

IV

Prepare a chaculateira,
com muito chá prá moçada
porque a prosa e boa e vai ter muita risada,
estórias de todo mote, charada,
piada e poesia mentira de todo jeito,
prá agradar a freguesia.
V
Mande avisar Erivelto nessa mesma ocasião,
que é homem preparado e sempre tem foguetão
e peça prá ele sortá uns cinco dos mais maior,
que prá acordar eleitor até lá no Mirorós.
VI
Chame também João de Miro, com seus dois
grandes faróis, prá alumiá o terrero e trazê
pinga prá nois , acompanhado de Nemi com o seu violão,
traga também João da moto prá fazer o forrozão.
VII
Pronto, o comício tá feito,
sem gastar nenhum tostão o povo todo satisfeito pronto para o arrastão
busque o carro de som, uma bandeira do PT
grite senta...e depois... levanta,
prá esticar as canelas e saia em passeata
por essa cidade que é Bela.

quinta-feira, 15 de março de 2007

BOCA DO CEU 10


Ano IV-Abr/mai/jun/2004

UIBAÍ, A LUTA POR UM NOVO PATAMAR


Em Uibaí, a geração que chega hoje aos 40 anos sabe exatamente o que significa lutar contra a oligarquia que tomou o poder na Bahia e sustenta currais eleitorais em vários municípios de nossa região. Os últimos 20 anos marcaram uma geração que idealizou um modelo de gestão pública para Uibaí, mas que, ano após ano, viu este sonho se esvair pelos corredores de repartições públicas, grassado pela fraude, pela corrupção e pela manipulação de seguidos pleitos eleitorais.
Durante esses anos, o embate político sempre foi desigual, do ponto de vista dos recursos materiais; e frustrante, no plano das idéias. O adversário, rude e capacho dos chefes políticos estaduais, marcou seu espaço com corrupção, incompetência administrativa e violência policial. A truculência, que é a arma de quem não tem idéias e nem razão, imperou em Uibaí, firmando o único contraponto que se pode esperar de quem nada tem a oferecer, além da malandragem para desviar recursos públicos.
Paradoxalmente, a juventude de Uibaí prosperou intelectualmente; instituições importantes foram criadas pela sociedade civil; partidos políticos de esquerda teimaram em oferecer boas opções ao eleitor. Um jeito próprio de ser que o povo de Uibaí carrega, desde as refregas da Guerra da Maniçoba, forneceu o combustível para o confronto permanente e necessário. Nesse sentido, nada foi capaz de destruir a esperança do povo.
Eis que a esquerda chega pacificamente ao poder no Brasil. Com o Governo Lula, alguns pilares dos currais eleitorais começam a ruir no sertão, deslocados pelo estimulo do governo federal ao avanço da sociedade civil e pela democratização das relações do estado com os cidadãos. O medo, que é a ideologia da direita, como bem dizia Simone de Beauvoir, começa então a penetrar nas hostes da direita uibaiense, provocando baixas, deserções e surpreendentes e excêntricas adesões à oposição, na prematura campanha municipal para as eleições de 03/10/04, que já começa a empolgar as ruas.
Pedro Rocha e Pepe reeditam a chapa majoritária da memorável campanha de 2000. A revisão do eleitorado, determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral, é realizada com sucesso, promovendo uma depuração que reduziu em quase 30% o colégio eleitoral de Uibaí. Abrem-se perspectivas reais de vitória. O povo volta a sorrir, alguns de olho em algum cargo ou emprego público, mas a grande maioria a espera apenas da grande festa cívica da vitória, para expulsar da garganta o grito sufocado por tantos anos de opressão.
Este quadro, alentador, mas ainda indefinido, força uma reflexão sobre a responsabilidade de nossos artistas, poetas, professores, estudantes, intelectuais, líderes de opinião e, principalmente, dos militantes históricos da esquerda. O momento não comporta vacilações, nem a ética permite que, para firmar a primazia da oposição ao eventual futuro governo, se coloque em risco a obtenção do salto de qualidade que representará a vitória de Pedro Rocha e Pepe nas próximas eleições. É imperioso que as pessoas de bem estejam unidas em torno dessa bandeira, ainda que para o fim de, no dia 03/10/04, assegurar a eleição de um novo contendor, para uma nova oposição.
Não há mais espaço para o continuísmo acéfalo. Não há mais tolerância. Ninguém
Agüenta mais. Temos, pois, a responsabilidade histórica de fortalecer a luta de Uibaí por um novo patamar. E, como os anseios do ser humano são ilimitados, lutaremos por outros e mais outros novos patamares. Edimario Oliveira Machado

SUCESSÃO EM UIBAÍ


Mais uma vez volto a falar das eleições municipais de Uibaí, justamente por estarmos em um momento onde definições políticas estão sendo tomadas levando o quadro sucessório a sofrer algumas mudanças no que se refere a alianças e apoios políticos. Plagiando o professor Ruy Fausto (Folha de São Paulo 28/03/04), “alianças podem e nas condições atuais de Uibaí têm de ser feitas. Mas elas têm limites. Mas precisamente, têm um duplo limite.” Há um limite político e um limite ético. Sobre esses dois aspectos a regra deveria ser: são vedadas em termos absolutos as alianças e apoios com grupos, partidos ou indivíduos claramente reacionários e corruptos”. Em Uibaí, felizmente, o primeiro limite não foi possível, apesar de algumas tentativas não se concretizou uma aliança política com o PFL. O mesmo não aconteceu com o segundo limite, já que indivíduos dissidentes estão declarando voto (leia-se apoios) ao candidato da Frente.
“São políticos que se sentiram traídos, e que agora estão dispostos a mostrar suas convicções ideológicas que por muito tempo estavam adormecidas em decorrência do apoio dado ao grupo hegemônico que acredita mandar no município. Agora fazem parte do lado bom de Uibaí, como diz o regae do companheiro-músico Celito. Defenderão o candidato majoritário da Frente com unhas e dentes, trabalharão pela eleição do mesmo por acharem que a mudança se faz necessária e que Uibaí não pode mais continuar nas mãos desse grupo de malfeitores que usam o dinheiro público em benefício próprio”.
O que fazer agora com essa triste realidade já que o voto é livre? Como devemos nos comportar diante de “ex-adversários” que se apresentarem para subir em nosso palanque? Sei que é constrangedor proibir alguém de subir no palanque mesmo sendo um “ex-adversário. Mas não seria mais constrangedor aceitar? Não podemos fazer vista grossa e abraçar falsos “políticos” que na última eleição usaram, através de seus lacaios, as mais variadas armas, inclusive no sentido literal da palavra para intimidar, agredir, insultar etc. , ninguém muda da água para o vinho de uma hora para outra. Acredito que podemos fazer uma administração séria com uma Câmara fortalecida, apoiando e trabalhando em parceria com o Executivo em prol da comunidade. Não podemos misturar as coisas abrindo espaço para pessoas que foram e são nossos adversários, e sempre resistiram a mudanças com o objetivo de se perpetuar no poder usufruindo o dinheiro público. Não devemos defender a premissa de que todo político é igual, mas mostrar para o povo de Uibaí que a Frente não quer mais esse continuísmo, e que veio para começar a mudar o perfil do político de nossa cidade. Sendo assim, faz-se necessário a vigilância permanente dos militantes da Frente quanto à postura diante de decisões que eventualmente sejam tomadas. Rui Oliveira Machado
PS. Fazer política com ética é o nosso maior desafio; já está na hora de começar-mos.


ANGICO, a força que faltava.

No dia 17 de janeiro de 2004, foi fundada em Ibititá a ANGICO Ação Não Governamental de Interesse Comunitário. O movimento operou através de um grupo de ibititaenses residentes em Brasília, que, incomodados com problemas sociais alimentados por uma política partidária eleitoreira e voltada para interesses particulares, resolveram discutir os problemas, começando por um diagnóstico do Município, com a abordagem em dois grandes encontros com a comunidade de Ibititá. As pessoas reagiram de forma surpreendentemente positiva, mostrando um grande interesse em levar adiante o Projeto da ANGICO.
A ONG foi fundada depois de muito debate, a partir do diagnóstico que foi construído com a participação da equipe de Brasília. Participaram do movimento de fundação da ANGICO mais de 50 pessoas entre eles professores, estudantes, agricultores, representantes de associações, agentes comunitários de saúde e diretores de escolas municipais e estaduais.
A ANGICO já se encontra registrada, com sede em funcionamento e um Colegiado Administrativo qualificado e altamente motivado, com vários projetos em vista e um número de Associados bastante representativo.
A entidade está aberta para receber mais associados, desde que estejam comprometidos com a luta por um Ibititá melhor e em linha com seus princípios e finalidades. Alice Sodré Alencar Machado

BOCA DO CEU 9


Ano III-Jan/fev/mar/2004


O PT NACIONAL E OS OUTROS PT’S.

Qual o preço que se paga para chegar ao poder? Será que o PT (Partido dos Trabalhadores) com seu leque de apoios deixou de ser um partido ideológico? Ou o que existia era só o discurso de alguns de seus idealizadores? Onde estão as bandeiras históricas do Partido? Será que estamos mais uma vez sem um referencial político, como nos anos de Ditadura?Essas são questões colocadas a partir de observações feitas na forma pela qual o país está sendo governado pelo PT. O partido fez coligações de centro direita, e até com a extrema direita, segundo os mais entendidos para conseguir a tal governabilidade que aí está. Mas o interessante e que as cidades governadas pelo Partido dos Trabalhadores, antes da vitória de LULA, em sua maioria, seguiam as deliberações da executiva Nacional para fazer suas alianças; e eram sempre feitas com partidos tidos como de oposição ao Governo Federal, ou seja: PC do B, PSB, PV, PCB, PDT, e sempre foram referência de governabilidade, com transparência, visibilidade, com orçamento participativo, etc., era o “Jeito Petista de governar”, a exemplo de Santos/SP, Porto Alegre/RS, Belo Horizonte/MG, Vitória da Conquista/BA, etc. Porque agora precisamos fazer alianças com partidos que sempre foram contrários a nossa linha ideológica? Fica parecendo que o PT, que hoje governa o país, foi fundado no dia 1º de janeiro de 2003, ou seja, na posse de Lula. O outro PT que governa os estados e as cidades é completamente diferente. E agora, como vai ficar em termos de alianças nessas próximas eleições? Vai seguir a mesma linha apontada pelo comando central do Partido? Ou seja, coligar com gato e cachorro?
Tomando como referencial a cidade de Uibaí/BA, onde a aliança política feita nas últimas eleições seguiu o deliberado pelo partido, dando origem a uma Frente formada pelo PT, PC do B, PSB, PDT; como ficaria agora? Com o quadro disposto hoje, mirando-se no Governo Federal, pode-se trazer para essa frente o PL, o PTB, o PMDB, o PFL, legendas que estão nas mãos dos piores “políticos” existentes na cidade. Não é só em Uibaí, mas na maioria das cidades do interior do país, onde essas legendas só servem para fortalecer o clientelismo, o fisiologismo, o nepotismo etc. É preciso estar alerta para esse fato, pois não precisamos dos votos nem do apoio dos representantes dessas legendas.
Queremos os votos do cidadão honesto, que trabalha de sol a sol para alimentar seus filhos e sobreviver, apesar de sempre terem sido enganados e roubados por esses “políticos” que sempre comandaram o nosso município. Com certeza essas velhas raposas já estão declarando voto a Pedro Rocha, candidato da Frente à Prefeitura de Uibaí, por não estarem conseguido emplacar o seu candidato. Esses delinqüentes devem ser expurgados da nossa cidade e de qualquer forma de participação política, precisam ser presos, colocados fora de circulação; para pelo menos pagarem um pouco pelo mau que fizeram, e ainda estão fazendo. Isso não seria maldade, e sim um grande favor que o povo lhes prestava.
Pela ética na política, e pela luta incansável em busca de um País mais justo e socialista. Rui Oliveira Machado

BANHEIRÃO ESPAÇO DE LASER

O banheirão foi um espaço de laser e entretenimento durante muitos anos em nossa Ciadade. Era ali que a população de Uibaí, como também de outras cidades e povoados vinham se divertir e se refrescar nas águas frias do riacho. Infelizmente com a construção da barragem, o mesmo foi sacrificado, e criou-se aí uma espécie de “chuveirão” que consistia em um cano com vários buracos colocados na horizontal servindo para o banho das pessoas. Apesar de nenhuma criatividade servia. O banheirão era um pequeno poço que ficava a frente da antiga barragem, que ao vazar descia formando aí uma espécie de “piscina natural” onde a moçada se deliciava nos dias quentes do nosso Pé de Serra.
Porque não transformar aquele espaço novamente em área de laser? Um laser, voltado para a educação ambiental, incutindo no usuário o valor da preservação. Não se usa mais a água do riacho para abastecer a cidade, portanto, seria de bom tamanho transforma-lo, criando assim uma opção de laser para a já carente cidade de Uibaí, e o que é mais importante: fica praticamente dentro da cidade o que facilitaria o acesso de pessoas de todas as idades.
Rui Oliveira Machado

“QUEM NÃO SE MOVIMENTA NÃO SENTE AS CADEIAS QUE O PRENDEM”

A Administração Pública em Uibaí foi, ao longo dos seus 41 anos de Emancipação Política, a mostra mais clara da imoralidade e escrotidão com que a coisa pública é tratada.
Nas últimas gestões, principalmente, mostrou-se com perícia a suposta arte da Política que mescla elementos da prática do nepotismo, enriquecimento às custas do erário e tapinha nas costas, “é para vê se desce à porra por goela abaixo”. Para complementar o descaminho no município, as instituições superiores, que formalmente têm o papel de auxiliar o poder legislativo municipal na fiscalização, ao que parece e como atuam são as catacumbas onde as denúncias chegam, se perdem, e não ecoam.
Diante deste quadro, a organização das instâncias políticas de Uibaí se faz urgente; organizações revolucionárias subordinadas à estratégia de construção de uma outra sociedade. Os partidos políticos precisam organizar-se enquanto instâncias estratégicas de transformação da sociedade e deixar o espaço nulo que ocupam (os partidos não estão ocupando os espaços da sociedade); as associações precisam ser construídas e afirmadas enquanto espaços de construção política e estar submetidas a estratégias claras de inserção no político/público, assim como os sindicatos precisam estruturar-se como campo de construção política e militância. Os movimentos civis precisam ocupar e produzir o público submetendo-o à lógica de ser público, de ser do POVO.
A passividade e a despolitização devem ser banidas. E estes espaços assumem uma posição estratégica para a politização e, mormente, organização sólida do povo. Savigny Machado Lima

ELEIÇÕES MUNICIPAIS EM UIBAÍ.

Alguns “Vereadores” de nosso humilde município deveriam em nome da moral e da ética política, e também por respeito ao esforço que se está fazendo para moralizar o país e acabar com a corrupção, entregar seus cargos e nunca mais serem candidatos a nada. Seria o mínimo que os mesmos poderiam fazer para serem esquecidos, pelo menos com um gesto honesto.
O que fizeram esses vereadores em prol do município? Vejamos:
enriqueceram com o dinheiro público;
sustentaram e ainda sustentam seus filhos nas capitais, “estudando” às custas do dinheiro público;
empregaram e empregam seus filhos e parentes para aumentar seus rendimentos (nepotismo);
praticam agiotagem (crime previsto em lei);
quando apresentam algum projeto (fato rara) o fazem em benefício próprio;
São empregados do povo, e acham-se patrões.
São alguns dos vários motivos pelo qual proponho que os nossos “queridos conterrâneos” sejam honestos pelo menos uma vez na vida e deixem a vida pública. Se por acaso você se acha um bom representante do povo faça uma avaliação do seu (s) mandato (s), se você não se enquadrar em nem um desses itens citados acima, pode se candidatar novamente, que terá grande chance de ser eleito. Caso contrário “morrerá torto”.
PS. “O pau que nasce torto, morre torto. O homem não. Só por opção”. Rui Oliveira Machado

BOCA DO CEU 8


Ano III-Abril/Maio/Junho/2003

GOVERNO LULA X SERVIDORES PÚBLICOS

Com seis meses de administração é difícil avaliar qualquer governo, mas não impossível, principalmente um governo eleito pelo povo e que além do mais tem uma trajetória de vida que se identifica com a grande maioria dos trabalhadores.
O governo do PT como é chamado pela maioria da população, na realidade deixou de ser do PT no momento em que Luis Inácio Lula da Silva assumiu a Presidência no dia 1º de janeiro, pois a partir desse momento o programa apresentado começa a sofrer modificações devido a pressões dos diversas segmentos da sociedade que deram apoio à sua candidatura, principalmente no 2º turno das eleições. Ou se negocia ou não se governa, esse é o lema. Porque isso? Veja: o poder de um Presidente é muito grande, não se pode negar, mas quem aprova o que o governo propõe é o Congresso Nacional, com seus Deputados e Senadores, e é a partir daí que começam as dificuldades. São diferentes interesses, alguns coletivos, outros muitos, coorporativos, e até individuais. Mas, se sempre foi assim desde o “descobrimento”; onde está a diferença deste Governo em relação aos outros? Vejamos: A reforma da Previdência, uma das mais polêmicas das colocadas pelo governo, foi aprovada com grandes prejuízos para o funcionalismo público, que com muita raça tentam reverter essas perdas. Foram traídos pela grande maioria dos parlamentares eleitos com seus votos, e que de uma hora para outra mudaram o discurso acompanhando o Presidente, que por sua vez rasgou o programa do PT, no que se refere à Reforma da Previdência, (prometia não tocar em direitos adquiridos). O presidente vá lá. Mas os parlamentares, principalmente os do PT, deviam manter suas posições em relação ao Funcionalismo Público, que tem nos direitos adquiridos, o seu eixo central de luta. Infelizmente optaram por formar a base parlamentar de apoio ao governo, que agora está composta desde antigos coronéis que insistem em não largar o poder, como os Senadores Sarney e ACM, a “guerrilheiro” como o Deputado José Genuíno. Diferença entre este governo e os outros, pelo menos em relação a essa primeira reforma não há. Vamos ver as outras que estão por vir. Mesmo assim ainda acredito no governo Lula, acredito que fará do Brasil uma grande Nação. Afinal foi aprovado a Reforma da Previdência, sem a qual, segundo os “especialistas”, o Brasil não dava a arrancada para o crescimento tão esperado. È ver para crer. Rui Oliveira Machado

ELEIÇÕES 2004: HORA DE MUDAR.

Nossos potenciais candidatos a prefeito nas próximas eleições tem trajetórias de vida política distintas: um já foi prefeito da cidade por dois mandatos; outro candidato “derrotado” nas últimas eleições e o outro, marinheiro de primeira viagem. Tentarei fazer uma retrospectiva das últimas administrações e passar um pequeno perfil de cada candidato para que o eleitor possa fazer uma avaliação e decidir pelo seu candidato: Hamilton Ferreira Machado. Engenheiro Agrônomo, funcionário do Sebrae, foi Prefeito por dois mandatos substituindo Domingão em seu primeiro (1985/88) e Renato em seu segundo (1993/96). No primeiro mandato era tido como a esperança do povo de Uibaí, principalmente dos amigos e conterrâneos que conviveram com o mesmo em sua trajetória estudantil, inclusive na CEU (Casa dos Estudantes de Uibaí), foi uma decepção, não fez NADA em benefício da comunidade e muito menos pelo município, entregando-o na mão do sr. Renato Domingos Machado (1989/92), formado em medicina, trabalhando na época, em Uibaí. Também não fez NADA em benefício da comunidade e muito menos pelo Município, chegou até ser CASSADO pela Câmara de Vereadores, assumindo em seu lugar o Presidente da Câmara, sr. Argemiro Borges da Cunha em um mandato tampão. Hamilton retorna para seu segundo mandato, fez o mesmo que no primeiro, ou seja, NADA, ou melhor, conseguiu fazer o seu sucessor, Ubiraci Leví (Birinha) (1997/02), proprietário de supermercado e sem formação superior; também não fez NADA em seu mandato e ainda por cima com a ajuda do sr. Hamilton, foi reeleito (2003/04), e ainda não fez NADA em benefício da comunidade e muito menos pelo município. Essa galera pode ser chamada de Turma do Nada, pelo que fizeram em suas administrações.
Temos agora como candidatos ao executivo municipal, os seguintes nomes: Hamilton Ferreira Machado, já citado acima, Raul Machado, médico, trabalhando em Uibaí e
Pedro Rocha Machado, engenheiro sanitarista proprietário de uma micro-empresa voltada para a área sanitária. Esse foi candidato “derrotado” nas eleições passadas, e foi o único que apresentou um programa de governo, que pode lhe dar credibilidade para iniciar um processo de mudança, dando uma nova cara a administração de Uibaí, transformando-a em um espelho para toda a micro-região de Irecê.
Assim, caro amigo, você que é eleitor no próximo ano tem que ficar atento a esses fatos relatados acima. Prefeitos e ex-prefeitos com péssimas administrações estão se colocando como candidatos, lançando candidatos, simplesmente para manter a hegemonia da Turma do Nada. Vamos dar um basta! O Brasil está mudando e não podemos deixar Uibaí continuar sendo governado por esses campeões do Nada. Rui Oliveira Machado

Escultura de Utinga – Xiquexique
Juraci Dórea

Escultura de Utinga – Xiquexique
Juraci Dórea

Falo somente do que falo:
do seco e de suas paisagens,
Nordestes, debaixo de um sol
ali do mais quente vinagre:

que reduz tudo ao espinhaço (...)

João Cabral de Melo Neto


O ANALFABETO POLÍTICO

O pior analfabetoÉ o analfabeto político,Ele não ouve, não fala,Nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,O preço do feijão, do peixe, da farinha,Do aluguel, do sapato e do remédioDependem das decisões políticas.

O analfabeto políticoÉ tão burro que se orgulhaE estufa o peito dizendoQue odeia a política.

Não sabe o imbecil que,da sua ignorância políticaNasce a prostituta, o menor abandonado,E o pior de todos os bandidos,Que é o político vigarista,Pilantra, corrupto e lacaioDas empresas nacionais e multinacionais.

Bertold Brecht

BOCA DO CEU 7


Ano III-Jan/Fev/Març/2003


NOSSA REPRESENTAÇÃO POLÍTICA E NOSSA SEGURANÇA.

Uibaí sempre foi uma cidade compostas de pessoas simples, honestas, sinceras e em sua grande maioria contrárias à violência. Os confrontos que se tem notícia foram oriundos de conflitos entre suas famílias em sua origem a algumas anos atrás; mas o que se vê hoje em dia são cenas de violência promovida por indivíduos que deveriam no mínimo estar preocupados com o bem estar do povo de Uibaí, mas que no entanto propiciam cenas que nos remetem ao Velho Oeste Americano dos antigos filmes, trocando tiros no meio da rua sem se preocuparem ao menos com a segurança de homens, mulheres e crianças que assistem assustados ao fato. A cena se dá entre um parlamentar eleito por uma grande parcela da população, e um militar imposto ao Município por algum “político” sem compromisso com o povo e interessado apenas em ser eleito a qualquer custo.
O vereador que tem um certo respeito junto ao povo, com a popularidade que goza (demonstrada recentemente quando o mesmo foi se entregar as “autoridades” em Uibaí) precisa fazer uma autocrítica, parar e refletir diante de sua posição de representante dos interesses de uma camada da população que com certeza não o elegeu para esse tipo de comportamento. Violência só gera violência. A postura de um vereador, a princípio, deve servir de exemplo para a comunidade, (felizmente o povo de Uibaí, pelo menos a maior parte não está seguindo esse princípio) não podemos aceitar isso, a Frente política da qual faz parte
esse vereador, precisa sentar para discutir esse triste fato e prestar esclarecimentos à população.
Já o militar que não foi eleito pra nada, mas que também (como o vereador), é pago com dinheiro de nossos impostos, ao invés de trocar tiros na rua deveria estar cuidando da segurança e do bem estar do povo, para servir de exemplo pelo menos aos seus subordinados, já que desfruta de uma patente, como também fazer uma reflexão em relação à sua postura ética e moral dentro do Município e seu papel perante a sociedade.

PS.
precisamos, valorizar mais o nosso voto, tanto a nossa representação política, quanto a nossa segurança, estão hoje desacreditadas devido ao pouco valor que uma grande maioria dos cidadãos dão ao voto, não querem entender que é através do voto que se consegue dar uma outra imagem as nossas Instituições: Polícia Militar, Câmaras de Parlamentares, Saúde Pública, Educação Pública, etc. Rui Oliveira Machado

VIOLÊNCIA:

“Ações realizadas por indivíduos, grupos, classes, nações, que ocasionam danos físicos, emocionais, morais e/ou espirituais a si próprios e a outros, apresentando profundo enraizamento nas estruturas sociais, políticas, bem como nas consciências individuais e coletivas.”
(Cecília Minayo,1998).

BOCA DO CEU 6


Ano II-Out/nov/Dez/2002

ELEIÇÕES PARA PRESIDENTE X ELEIÇÕES PARA PREFEITO EM UIBAÍ
Quem esteve em Uibaí nas últimas eleições assistiu uma grande demonstração de democracia. O povo votando com carinho e com determinação, na esperança de um futuro melhor. Esse fato, acredito vai se repetir a cada eleição, pois o povo uibaiênce que em sua maioria sempre votou em pessoas comprometidas com questões básicas de uma comunidade, ou seja: saúde, educação, o bem estar dos seus conterrâneos etc., está cansado dessa corja de “políticos” que só pensam em “mamar nas tetas” do Município. No entanto existem algumas perguntas que a todo o momento vêem à tona: porque nas eleições municipais (prefeito e vereadores) as coisas não ocorrem dessa mesma maneira? Porque a cidade fica com tanta gente estranha à sua rotina? Porque não há o empenho violento de certos cabos eleitorais? A resposta e muito simples: os eleitores que participaram da última eleição em Uibaí são em sua maioria conhecidos, parentes uns dos outros, não se via pessoas estranhas à comunidade como acontece nas eleições municipais, onde a compra de votos de eleitores de outros municípios é uma realidade. Nas eleições para Presidente e Deputados a compra de votos não é interessante, pois o poder municipal não está em jogo, assim as eleições fluíram para o lado da mudança, como sempre desejou o povo uibaiênce.
Nas próximas eleições para prefeito e vereadores, e necessário um recadastramento eleitoral acompanhado por pessoas idôneas, e solicitado de preferência por parlamentares de âmbito estadual e federal que tenha respaldo dentro do nosso município, isto para dar mais transparência ao processo. Chegou a hora de mudar nosso município, e tirá-lo das mãos dessa falange de salafrários que vivem exclusivamente do uso do dinheiro público em benefício próprio.

UMBU

A União Municipal em Benefício de Uibaí. Organização não governamental fundada em Uibaí há algum tempo atrás está sumindo do vocabulário e do cotidiano do povo. Acredito que por conta das muitas atividades que nos últimos anos tem ocupado nossa gente, (eleições: municipal, estadual e federal), mas agora que as coisas se acalmaram e um novo horizonte se abre, devemos reativar essa grande arma que dispomos para contribuir com esse governo que se inicia e que acreditamos ser sério e preocupado com a melhoria de vida dos milhares de cidadãos excluídos desse país.
As Organizações Não Governamentais existente na maioria dos países democráticos, e são uma das mais importantes armas voltada para a fiscalização do que é público, como também na formulação de políticas direcionadas para as áreas sociais onde o poder público tem dificuldade de atuar.
Uibaí é uma cidade privilegiada, acredito que nessa região seja a única que possui uma ONG com respaldo da maioria de sua população, mas que, no entanto, suas ações, não estão sedo devidamente divulgadas.
Penso que não seja por falta de vontade, mas talvez por falta de um veículo que possa informar a população do município o que está sendo feito, como também mostrar qual a finalidade da Organização. Devido a essas preocupações, gostaria de propor aos atuais diretores da UMBU, a realização de um seminário, com a finalidade de debater as questões acima levantadas e colhermos propostas para uma atuação que venha envolver mais diretamente a comunidade mostrando, assim, a importância da instituição. Rui Oliveira Machado

terça-feira, 13 de março de 2007

BOCA DO CEU 5

Ano II-Jul/ago/set//2002

ELEIÇÕES EM UIBAÍ

Uibaí é uma cidade que nas últimos eleições vem direcionando a maioria dos seus votos para a oposição, temos como prova disto a última eleição, onde elegemos quatro vereadores de oposição, pelo menos naquele momento, e tivemos uma votação expressiva para nosso candidato a Prefeito, só não se concretizando a sua eleição devido a grande roubalheira, acompanhada da compra de votos e o uso do dinheiro público dentro do pleito eleitoral pelo grupo que está no poder até hoje. Mas isso são águas passadas, e com certeza em um futuro próximo daremos o troco merecido a esses falsos representantes.

As eleições que se aproximam são de grande importância para nosso país e em particular para os municípios, pois o futuro dos mesmos vai depender dos novos Senadores, Governadores, dos Deputados: federal e estadual, que decidirão sobre os gastos do executivo Federal e Estadual, que por sua vez influenciará nas decisões municipais. A eleição de um Presidente que tenha seu programa de governo voltado para o crescimento do país e o bem estar de sua população, principalmente a mais marginalizada, gerando mais emprego, buscando uma distribuição de renda mais justa, fazendo uma reforma agrária assentando o homem ao campo, etc., faz-se necessário. LUIS INÁCIO LULA DA SILVA é o único candidato que em seu programa abraça todas essas questões e outras mais, e com certeza as colocará em prática, juntamente com uma bancada de parlamentares que também querem um Brasil melhor. O povo de Uibaí, tenho certeza, mais uma vez vai dar seu voto a esses candidatos que formam, essa Frente, composta pelo PT, PC do B, PV, PCB E PMN, mostrando para esses mandatários de Uibaí que a hora deles está chegando, e que o povo cansou de ser roubado, e uma luz no fim do túnel acaba de surgir. Até a vitória. *

Rui Oliveira Machado
*O PL não faz parte da frente de apoio no estado da Bahia.


NEPOTISMO: UMA VERGONHA EM UIBAÍ


Segundo o Dicionário Aurélio, nepotismo significa favoritismo, fato que infelizmente é comum à “políticos” de Uibaí e de outras pequenas e grandes cidades de nosso Brasil. O problema é que em nosso município a coisa chegou a extremos. O atual prefeito contratou mais de uma dezena de pessoas pertencentes a sua família, juntamente com a da esposa. Isso e inaceitável visto que constitucionalmente, vagas para trabalhadores no serviço públicos só podem ser preenchidas através de realização de Concurso Público. O povo de Uibaí já conhece essa prática, pois a maioria dos prefeitos (se não todos) que passaram por este município usaram e abusaram desse expediente.

Felizmente as coisas estão mudando, essa denúncia foi feita por um dos parlamentares de oposição, que na medida de suas possibilidades estão procurando trabalhar para melhorar nosso município, denunciando irregularidades, e “batendo de frente” com o executivo local, coisa que nunca aconteceu por parte de centenas de vereadores que já passaram por essa casa.

Hoje o povo já sabe que existem representantes dispostos a mudar esse quadro; as denúncias estão sendo feitas, cabe agora ao eleitor punir esses aproveitadores; e a arma que temos é o voto, não vote em candidatos apoiados por esses “políticos”, procurem candidatos honestos, que são poucos, é certo, mas, que por isso mesmo destacam-se entre os outros por sua postura, sua preocupação com o coletivo, com o bem estar social, com a ética, com a administração do que é público, etc. Pense nisso e seu voto ajudará a mudar a “Cara de Nossa Cidade”. Até a vitória!!!


DEZ MIL EM IRECÊ!!

A micro-região de Irecê jamais viu um comício com tamanha participação da população, com candidatos realmente preocupados com a situação do povo sofrido e trabalhador dessa região.
No último dia 14 os candidatos da coligação PT, PC do B, PCB, PV, PMN, estiveram em Irecê para mais um comício onde foi apresentado os nossos candidatos ao Governo e ao Senado: Wagner, Waldir Pires e Haroldo Lima, esses três parlamentares que estão se candidatando a reeleição, agora para governo e senado respectivamente, foram todos avaliados pelo DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) e tiveram nota 10. O que isso quer dizer: a nota dada pelo DIAP, é baseada na posição do Parlamentar diante dos problemas apresentados pela classe trabalhadora. Essa nota só é dada se o Parlamentar defendeu o trabalhador, votando em seu benefício, ou apresentou projetos em prol da classe trabalhadora. Os parlamentares que fazem parte dessa frente de oposição liderada pelo Partido dos Trabalhadores, todos eles, tem nota 10, ou próximas a esse valor. Já os candidatos apoiados pela situação, tiveram notas abaixo de 05, ou seja, em sua maioria defendem os interesses do governo, e só aparecem para pedir seu voto em troca de migalhas. Os trabalhadores da micro- região de Irecê precisam mostrar a esses salafrários que o povo não é besta. DÊ UM NÃO a esses malfeitores, vote em quem lhe defende: LULA – WAGNER – WALDIR – HAROLDO, e nos candidatos a deputados dessa frente. PT. Saudações.

O ANALFABETO POLÍTICO

O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
Nem participa dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe que o custo da vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha,
Do aluguel, do sapato e do remédio
Dependem das decisões políticas.

O analfabeto político
É tão burro que se orgulha
E estufa o peito dizendo
Que odeia a política.

Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
Nasce a prostituta, o menor abandonado,

E o pior de todos os bandidos,
Que é o político vigarista,
Pilantra, corrupto e lacaio
Das empresas nacionais e multinacionais.

Bertold Brecht